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Mounjaro tem liberação da Anvisa para uso com finalidade de perda de peso

Por Leticia Florenço
11/06/2025
Em Colunas, Mais Tendências
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Mounjaro - Reprodução

Mounjaro - Reprodução

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A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) acaba de aprovar uma nova indicação para o medicamento Mounjaro (tirzepatida), que agora poderá ser utilizado também para o tratamento da obesidade e do sobrepeso com comorbidades.

O Mounjaro é um medicamento injetável desenvolvido pela farmacêutica americana Eli Lilly. Seu princípio ativo, a tirzepatida, atua de maneira inovadora no organismo por meio da combinação de dois mecanismos hormonais: o GLP-1 (peptídeo-1 semelhante ao glucagon) e o GIP (polipeptídeo inibidor gástrico).

Essa combinação torna o fármaco diferente de outros medicamentos disponíveis no mercado, como o Ozempic e o Wegovy, que atuam apenas via GLP-1.

Originalmente, o Mounjaro foi aprovado para o tratamento de diabetes tipo 2, ajudando no controle da glicemia e na perda de peso como benefício secundário.

Agora, com a nova autorização, pessoas que não têm diabetes, mas enfrentam obesidade ou sobrepeso associado a doenças, poderão fazer uso da medicação com finalidade de emagrecimento.

Quem pode utilizar o Mounjaro para perda de peso?

A nova indicação do Mounjaro é voltada para:

  • Pessoas com Índice de Massa Corporal (IMC) igual ou superior a 30 kg/m² (obesidade);
  • Pessoas com IMC entre 27 e 29,9 kg/m² (sobrepeso) acompanhado de comorbidades, como hipertensão, dislipidemia, apneia do sono, entre outras.

Importante destacar que a prescrição deve ser feita por um profissional de saúde, que avaliará a real necessidade e segurança do uso do medicamento para cada caso individual.

Como funciona a tirzepatida no organismo?

O mecanismo duplo da tirzepatida proporciona:

  • Redução do apetite e maior saciedade;
  • Diminuição do esvaziamento gástrico, o que prolonga a sensação de estômago cheio;
  • Melhora do metabolismo da glicose, mesmo em pacientes não diabéticos;
  • Perda de peso, comprovada em estudos clínicos com resultados superiores a outras drogas da mesma classe.

Esse modo de ação é considerado um avanço no tratamento da obesidade, e tem se mostrado eficaz em estudos internacionais, com perdas de peso que podem ultrapassar 20% do peso corporal inicial em alguns pacientes.

O que dizem os especialistas?

De acordo com Alexandre Hohl, diretor da Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica (Abeso), o Mounjaro representa uma nova era no tratamento da obesidade. Ele afirma que a tirzepatida “modifica totalmente a vida das pessoas que vivem com excesso de adiposidade”.

Já o endocrinologista Fábio Moura, da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM), ressalta que, apesar da eficácia, o uso do medicamento deve estar sempre aliado a mudanças no estilo de vida:

Além disso, ele alerta sobre possíveis efeitos colaterais, principalmente gastrointestinais, como náuseas, vômitos e diarreia, embora o perfil de segurança cardiovascular, renal e hepático do medicamento seja considerado positivo.

Custo e acesso ao tratamento

Um dos principais desafios do Mounjaro é o preço alto. A dose mensal pode variar entre R$ 1.400 e R$ 2.300, a depender da dosagem prescrita.

Comparativamente, outros medicamentos injetáveis usados para o mesmo fim, como Saxenda, Ozempic e Wegovy, têm custos que vão de R$ 600 a R$ 1.000, o que já é considerado alto e fora do alcance da maioria da população brasileira.

Assim, o acesso à medicação ainda é restrito a uma parcela da população, levantando discussões sobre equidade no tratamento da obesidade, que é uma doença crônica e multifatorial, e não uma mera “questão estética”.

Cuidados

O uso do Mounjaro não é indicado para todos. Algumas restrições importantes:

  • Gestantes e lactantes não devem utilizar o medicamento, uma vez que não há estudos conclusivos sobre os efeitos nessas populações;
  • Pessoas com histórico de pancreatite, câncer medular da tireoide ou síndromes genéticas raras devem evitar seu uso;
  • O tratamento deve ser acompanhado por um profissional de saúde, com monitoramento regular de efeitos adversos e resultados.

O Mounjaro pode se tornar um marco no tratamento da obesidade, mas não é uma solução mágica. Sua eficácia depende de uma estratégia multidisciplinar, que inclui acompanhamento médico, suporte nutricional, psicológico e mudanças no estilo de vida.

Leticia Florenço

Leticia Florenço

Filha da Terra da Luz, jornalista pela Universidade de Fortaleza (Unifor).

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