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Minas Gerais volta a abrigar ave extinta por 50 anos

Por Leticia Florenço
23/05/2025
Em Colunas, Mais Tendências
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Mutum-do-bico-vermelho - Reprodução/iStock

Mutum-do-bico-vermelho - Reprodução/iStock

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Após 50 anos considerado extinto na natureza de Minas Gerais, o mutum-do-bico-vermelho (Crax blumenbachii) finalmente voltou a habitar seu território original. O renascimento da espécie se deu no coração da maior reserva contínua de Mata Atlântica no Estado, o Parque Estadual do Rio Doce, com seus impressionantes 36 mil hectares de floresta preservada.

Mais que uma simples ave, o mutum-do-bico-vermelho é uma espécie-chave para a regeneração ecológica. Especialistas o chamam de “plantador de florestas”, pois ele atua diretamente na dispersão de sementes, contribuindo para o renascimento de árvores e a manutenção do equilíbrio ambiental.

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Seu retorno representa muito mais que biodiversidade: é um passo estratégico para o reflorestamento natural da Mata Atlântica.

O projeto “De Volta ao Lar”

A façanha de reintroduzir uma espécie extinta há décadas não acontece por acaso. É fruto de anos de trabalho articulado. O projeto “De Volta ao Lar”, conduzido pela Associação de Amigos do Parque (DuPERD) em parceria com o Instituto Estadual de Florestas (IEF), tem sido essencial para transformar a ideia em realidade.

Em 2023, 30 indivíduos foram reintroduzidos na área conhecida como Ponte Perdida, escolhida criteriosamente por suas condições ambientais favoráveis.

Primeiros resultados

Monitoramentos iniciais trazem sinais animadores, aves já foram vistas a mais de 20 km do ponto de soltura, o que indica uma boa adaptação ao ambiente. Mais surpreendente ainda é o fato de que filhotes nascidos em liberdade já foram registrados.

Isso mostra que a espécie está voltando a se reproduzir naturalmente e readquirindo seu espaço no ecossistema.

O trabalho atual se baseia em décadas de esforços iniciados nos anos 1990, quando começaram as primeiras iniciativas de reprodução em cativeiro. A partir da Reserva Particular Fazenda Macedônia, em Ipaba, mais de 200 indivíduos já foram soltos na natureza ao longo dos anos, pavimentando o caminho para este momento histórico.

Ecologia e cultura

Para os idealizadores do projeto, o objetivo vai além da ecologia. “Queremos que o mutum volte a fazer parte da identidade cultural das comunidades locais”, diz Gabriel Ávila, coordenador do projeto.

O retorno da ave representa também a valorização do patrimônio natural de Minas Gerais e o resgate de tradições que estavam desaparecendo com a perda da biodiversidade.

Outro ponto de sucesso é o envolvimento da população local. Relatos crescentes de avistamentos da ave por moradores mostram que o projeto também tem gerado consciência ambiental e orgulho regional. A educação ambiental, promovida junto às ações de campo, está aproximando comunidades da causa da conservação.

Desafios

Apesar dos avanços, os desafios são grandes: garantir a sobrevivência da espécie a longo prazo, combater a caça ilegal, proteger os habitats e monitorar geneticamente as populações são tarefas permanentes.

No entanto, os sinais são otimistas, e o sucesso em Minas pode servir de modelo para outras regiões da Mata Atlântica.

Leticia Florenço

Leticia Florenço

Filha da Terra da Luz, jornalista pela Universidade de Fortaleza (Unifor).

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