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Marcas em crânios indicam que primeiros dinossauros eram agressivos

Por Leticia Florenço
18/05/2025
Em Colunas, Mais Tendências
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Dinossauro - Reprodução/iStock

Dinossauro - Reprodução/iStock

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Uma recente descoberta científica liderada por pesquisadores brasileiros desafiou antigas concepções sobre o comportamento dos primeiros dinossauros.

O estudo, que investigou fósseis de herrerassaurídeos, um grupo de predadores carnívoros que viveu no Período Triássico, revelou que esses dinossauros já apresentavam sinais de agressividade entre indivíduos da mesma espécie, uma característica que até então era atribuída a dinossauros mais modernos.

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A pesquisa foi realizada por cientistas da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), em colaboração com a Universidad Nacional de San Juan, na Argentina, e trouxe à tona um registro impressionante de ferimentos causados por interações agressivas, as primeiras evidências de comportamento agonístico (ligado a conflitos) observadas em fósseis tão antigos.

Contexto geológico e a relevância da descoberta

Os fósseis analisados pelos cientistas foram encontrados em áreas do Brasil e da Argentina, que, há cerca de 230 milhões de anos, faziam parte do supercontinente Pangeia.

Durante o Período Triássico, essa região era dominada por diversas formas de vida, mas a descoberta dos ferimentos nos crânios dos herrerassaurídeos fornece uma nova perspectiva sobre como esses animais interagiam entre si.

As lesões observadas indicam que, ao contrário do que se imaginava, os primeiros dinossauros não eram seres pacíficos ou simples, mas já exibiam um comportamento altamente competitivo e agressivo, um aspecto crucial para a sobrevivência em um ecossistema onde os recursos eram limitados.

Evidências de conflitos e comportamento agonístico

O estudo revelou que aproximadamente 43% dos crânios dos herrerassaurídeos analisados apresentavam lesões compatíveis com mordidas, caracterizando claramente confrontos diretos entre os indivíduos da mesma espécie.

Esses ferimentos são indicativos de disputas por território, alimento ou parceiros reprodutivos, características típicas do comportamento agonístico. As mordidas frequentemente ocorreram na região da cabeça, uma área vulnerável que, ao longo da evolução, se mostrou uma das principais zonas de conflito entre predadores.

A presença dessas marcas de ferimentos permite afirmar que os dinossauros já se envolviam em batalhas físicas para garantir sua posição social e dominar os recursos de seu ambiente.

O padrão das lesões encontrado sugere que os herrerassaurídeos poderiam ter praticado o que é chamado de “face-biting”, mordidas direcionadas ao rosto ou região craniana, uma característica observada em muitos predadores modernos, como felinos e crocodilos.

Esse tipo de confronto é característico de dinâmicas sociais complexas, nas quais a agressividade desempenha um papel fundamental nas interações entre os indivíduos.

Implicações para a visão tradicional sobre os primeiros dinossauros

Essa descoberta revoluciona a visão tradicional sobre os primeiros dinossauros, que eram muitas vezes vistos como criaturas primárias e simples, com comportamentos mais instintivos do que sociais.

O estudo sugere que os herrerassaurídeos já exibiam um nível significativo de complexidade comportamental, desafiando a ideia de que dinossauros antigos eram mais rudimentares.

Em vez de uma simples sobrevivência baseada apenas em caçar e se alimentar, os primeiros dinossauros eram, na verdade, criaturas inteligentes e altamente competitivas, em um ambiente onde interações sociais, como disputas por recursos, desempenhavam um papel crucial.

O papel da Paleopatologia no estudo dos comportamentos extintos

O estudo de lesões em fósseis, conhecido como paleopatologia, tem se mostrado uma ferramenta poderosa para entender os comportamentos e as condições de vida dos animais extintos.

Ao analisar marcas de mordidas e outros tipos de lesões nos ossos fossilizados, os cientistas podem criar uma imagem mais detalhada da dinâmica social e ecológica dos dinossauros, indo além de sua anatomia e características físicas.

As cicatrizes nos crânios dos herrerassaurídeos servem como verdadeiras “janelas para o passado”, oferecendo dicas sobre a agressividade e as estratégias de sobrevivência desses predadores primitivos.

A descoberta também levanta uma questão interessante sobre a evolução das características anatômicas nos dinossauros. Estruturas cranianas ornamentadas, como cristas e protuberâncias, que surgiram em dinossauros posteriores, podem ter evoluído como resultado de interações sociais complexas ou até mesmo da seleção sexual, em que indivíduos com características mais imponentes seriam favorecidos em confrontos e disputas.

A pesquisa sugere que, embora os herrerassaurídeos não possuíssem essas características ornamentais, suas interações sociais complexas já estavam moldando as futuras formas de evolução entre os dinossauros.

O que antes parecia ser uma característica exclusiva de dinossauros mais modernos, agora é reconhecido como uma parte essencial da vida e sobrevivência dos primeiros carnívoros da história.

Leticia Florenço

Leticia Florenço

Filha da Terra da Luz, jornalista pela Universidade de Fortaleza (Unifor).

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