Pela segunda vez neste ano de 2025, um voo comercial no Brasil precisou desviar de sua rota original após declarar uma emergência “pan-pan”.
O incidente mais recente ocorreu nesta segunda-feira (24), quando uma aeronave da Gol, que partia do Aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro, com destino ao Aeroporto de Congonhas, em São Paulo, enfrentou problemas técnicos e foi forçada a pousar no Aeroporto Internacional de Guarulhos.
Há um mês, uma situação semelhante envolveu um voo da Azul próximo a Recife, que também precisou modificar seu trajeto devido a complicações a bordo.
Mais um voo declara “pan-pan” e desvia o caminho de destino
O voo 1033 da Gol decolou normalmente, mas, em pleno percurso, a tripulação detectou uma falha nos controles de voo.
Diante do problema, o comandante entrou em contato com a torre de controle e comunicou a emergência utilizando o código “pan-pan”, que indica uma situação urgente, mas não necessariamente crítica.
De acordo com a nota divulgada pelo aeroporto, a aterrissagem ocorreu sem intercorrências às 17h02, na pista 10L de Guarulhos.
Embora equipes de resgate e segurança tenham sido acionadas para aguardar a chegada da aeronave, nenhum atendimento adicional foi necessário, e a aeronave foi conduzida ao pátio de forma regular.
O caso remete a um episódio ocorrido em outubro de 2024, quando o avião que transportava o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) também precisou declarar “pan-pan” logo após decolar do México.
Na ocasião, o piloto solicitou autorização para retornar ao aeroporto devido a um problema técnico identificado em voo, o que reforça a importância desse tipo de comunicação para a segurança operacional.
Entenda o termo pan-pan na aviação
O termo “pan-pan” faz parte do conjunto de códigos internacionais de emergência utilizados na aviação.
Diferentemente do “mayday”, que indica uma situação de perigo iminente que exige resposta imediata, o “pan-pan” alerta sobre uma anormalidade operacional que pode demandar assistência, sem que haja risco imediato à segurança da aeronave e dos passageiros.
Ainda assim, é um indicativo de que algo fora do normal ocorreu e que medidas preventivas precisam ser adotadas.
Embora nem sempre resulte em desfechos graves, um alerta “pan-pan” não deve ser subestimado.
Problemas técnicos podem evoluir para situações mais complexas se não forem adequadamente controlados, razão pela qual pilotos e controladores de tráfego aéreo seguem protocolos rigorosos para lidar com esses casos.
A prontidão da tripulação e a eficiência da resposta em solo garantiram que, tanto no caso do voo da Gol quanto no episódio do avião presidencial, a segurança fosse preservada e as operações concluídas sem maiores transtornos.