A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) anunciou, nesta segunda-feira (26), a primeira convocação do técnico Carlo Ancelotti no comando da Seleção Brasileira. A lista, que surpreendeu parte da torcida, não conta com nomes de peso como Neymar e Gabigol, sinalizando uma nova fase no projeto rumo à Copa do Mundo de 2026.
Os atletas chamados irão disputar as próximas partidas das Eliminatórias Sul-Americanas: contra o Equador, no dia 5 de junho, em Guaiaquil, e diante do Paraguai, no dia 10, em São Paulo. Vale mencionar que a apresentação dos jogadores acontecerá no Centro de Treinamento do Corinthians, na capital paulista.
Uma lista que marca novos rumos
Entre as principais novidades da convocação está a presença de cinco jogadores do Flamengo, clube que mais cede atletas nesta etapa além do retorno do volante Casemiro, ausente da Seleção desde outubro de 2023.
Por outro lado, dois nomes de grande apelo popular ficaram de fora: Neymar, que não veste a camisa da Seleção desde o mesmo período, e Gabigol, que não vinha sendo presença constante nas últimas listas. Isso porque, segundo apuração da CBF, a decisão de Ancelotti está ligada à reformulação do grupo e ao foco na construção de uma equipe mais versátil.
Outro detalhe importante é a ausência do goleiro Ederson, do Manchester City, que se recupera de uma pubalgia. Já Rodrygo ficou fora por desgaste físico e Endrick por conta de lesão. Também é importante mencionar que Raphinha, embora convocado, está suspenso para o jogo contra o Equador.
A filosofia de Carlo Ancelotti
Durante a coletiva de apresentação, Ancelotti deixou claro que não pretende engessar o time em um único modelo de jogo. Para o treinador, que chega ao Brasil após uma carreira marcada por títulos na Europa, o sistema deve se adaptar às características dos jogadores, e não o contrário.
Com isso, o italiano rompe com uma discussão recorrente no futebol brasileiro sobre a necessidade de uma identidade tática rígida. A proposta é montar uma equipe capaz de alternar entre estilos propositivos e reativos, de acordo com as circunstâncias de cada partida.
Dessa forma, Carlo Ancelotti busca conduzir a Seleção Brasileira a um caminho de equilíbrio, focando na eficiência, sem abrir mão da qualidade técnica que historicamente caracteriza o futebol do país.