A partir de 26 de fevereiro, a Amazon desativará a opção de transferir manualmente e-books comprados na loja para o Kindle via USB. Com essa alteração, os usuários só poderão baixar seus livros por meio de conexão Wi-Fi, sem a possibilidade de transferi-los diretamente do computador para o aparelho.
Apesar de o download via Wi-Fi ser o método mais utilizado, a transferência por USB oferecia uma opção prática para armazenar os arquivos localmente, possibilitando o acesso offline sem depender da nuvem da Amazon. Além disso, permitia aos usuários organizar suas bibliotecas e converter os livros para formatos compatíveis com outros dispositivos.
Motivos da Amazon
A medida da Amazon pode estar ligada ao combate à pirataria, já que a transferência manual facilitava a modificação dos arquivos e a remoção das restrições de direitos digitais (DRM). Isso possibilitava a conversão dos livros para formatos não autorizados e sua distribuição sem o controle da empresa.
As restrições já estavam em vigor na 12ª geração do Kindle, lançada em outubro de 2024, e agora serão estendidas a modelos mais antigos. Com a mudança, os e-books comprados na Amazon só poderão ser baixados via Wi-Fi, ficando vinculados ao dispositivo do usuário para reforçar a proteção contra cópias não autorizadas. No entanto, a transferência de arquivos em formatos como PDF e EPUB continuará permitida.
Transferência no Kindle
A Amazon não autoriza a transferência de e-books entre contas, mas os usuários podem acessá-los em um novo Kindle ao vinculá-lo à mesma conta onde a compra foi realizada. Os livros serão baixados automaticamente para a biblioteca do dispositivo. No entanto, a empresa não esclarece se arquivos externos, como PDFs, também são migrados nesse processo.
O Kindle possibilita a adição de e-books externos por meio do e-mail e da plataforma “Send to Kindle”. Cada dispositivo possui um endereço exclusivo da Amazon (@kindle.com), permitindo que arquivos compatíveis sejam enviados como anexos para serem adicionados à biblioteca.