Os trabalhadores brasileiros contratados pelo regime da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) possuem uma série de direitos garantidos, incluindo o intervalo para descanso e alimentação. Em 2025, uma nova proposta poderá garantir um acréscimo de 30 minutos extras no período de pausa, o que traria impactos tanto para os empregados quanto para os trabalhadores.
De acordo com o artigo 71 da CLT, trabalhadores com jornada superior a 6 horas diárias devem ter um intervalo mínimo de 1 hora e máximo de 2 horas para refeição e descanso. Para aqueles que cumprem entre 4 e 6 horas, a pausa obrigatória é de 15 minutos .
Além disso, desde a reforma trabalhista de 2017, a Lei Federal 13.467/2017 permite a redução do horário de almoço para 30, mediante acordo entre empregador e empregado, desde que haja convenção coletiva.
O que muda com a nova proposta de 2025?
Uma possível mudança na legislação prevê que todos os trabalhadores CLT tenham um acréscimo de 30 minutos no intervalo, alterando o tempo de descanso da seguinte forma:
- Trabalhadores que hoje têm direito a 1 hora de intervalo passariam a ter 1h30min.
- Trabalhadores que têm 15 minutos passariam a ter 45 minutos.
- O tempo máximo de pausa poderia ser ampliado para até 2h30min.
Essa busca mudança oferece mais qualidade de vida aos trabalhadores, reduz o estresse e aumenta a produtividade no ambiente corporativo.
Quais são os impactos dessa mudança para os trabalhadores?
O aumento do tempo de intervalo pode trazer diversos benefícios para os funcionários, como:
- Melhorar a saúde e no bem-estar: Um tempo maior de descanso pode reduzir o estresse e evitar problemas como fadiga e exaustão mental.
- Maior flexibilidade para refeições: Muitos trabalhadores têm dificuldades em fazer uma refeição completa no tempo atual, especialmente em grandes cidades.
- Possível aumento na produtividade: Estudos indicam que pausas bem planejadas podem melhorar a concentração e o desempenho dos profissionais.
Entretanto, algumas questões precisam ser consideradas, como o impacto no expediente total e a necessidade de ajustes nos turnos de trabalho para garantir a eficiência operacional das empresas.
As empresas serão obrigadas a conceder esse novo intervalo?
A proposta ainda precisa passar por discussões e regulamentações antes de ser rompida. Algumas possibilidades que podem ser observadas incluem:
- Obrigatoriedade para todas as empresas, assim como ocorre com o intervalo atual.
- Ajustes mediante acordo coletivo, permitindo negociações entre trabalhadores e sindicatos.
- Flexibilização para determinados setores, garantindo que atividades essenciais não sejam prejudicadas.
Se aprovada, será necessária uma lei que adapte por parte das empresas para garantir o cumprimento da nova regra, o que poderá impactar a organização da jornada de trabalho.