Durante um evento em São Paulo, o ex-presidente Jair Bolsonaro declarou que pretende concorrer à Presidência da República nas eleições de 2026, apesar de estar inelegível até 2030. A afirmação foi feita no 14º Salão das Motopeças, onde Bolsonaro estava acompanhado do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas.
Bolsonaro tenta reverter sua inelegibilidade
Condenado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em 2023, Bolsonaro não pode concorrer a cargos públicos por oito anos. Entretanto, ele demonstrou esperança na reversão do processo e sugeriu que possíveis mudanças no órgão poderiam favorecer sua elegibilidade.
Durante o evento, o ex-presidente destacou que considera sua candidatura essencial para a democracia e descartou a possibilidade de um substituto dentro de seu grupo político.
Outro detalhe importante é que Bolsonaro negou qualquer envolvimento em uma suposta tentativa de golpe de Estado em 2022. Ele lembrou que estava nos Estados Unidos na data dos acontecimentos e ironizou as acusações, mencionando que estava na Disneylândia.
O caso está sendo analisado pelo Supremo Tribunal Federal (STF), que deve iniciar uma nova etapa do processo após a apresentação das defesas prévias dos acusados.
O futuro político com Tarcísio de Freitas
Apesar das especulações sobre uma possível candidatura de Tarcísio de Freitas à presidência, Bolsonaro descartou essa hipótese. Ele afirmou que o governador de São Paulo concorrerá à reeleição em 2026, enquanto ele disputará o Palácio do Planalto. “Para o ano que vem, nós dois seremos candidatos. Ele vai para a reeleição e eu para presidente”, disse Bolsonaro.
Com isso, ele reforçou sua liderança dentro da direita brasileira e indicou que sua presença na disputa será fundamental para o grupo político. Entretanto, sua inelegibilidade ainda é um obstáculo, e sua aposta reside na possibilidade de alterações no TSE nos próximos anos.
Vale mencionar que, durante o evento, Bolsonaro também comentou sobre política internacional, abordando a situação na Venezuela e na Romênia. Ele criticou o que chamou de “lawfare”, a interferência judicial na política de um país, e defendeu o respeito à soberania nacional.