As vitórias na Fórmula 1 são decididas na pista, mas começam muito antes, ainda na prancheta. Meses antes da temporada, engenheiros e projetistas mergulham no regulamento técnico em busca de brechas que possam ser exploradas para obter ganhos de desempenho.
Algumas dessas inovações, porém, acabam ultrapassando os limites das regras e são proibidas pela FIA, a entidade que regula a categoria. Em seus 75 anos de história, a F1 acumulou diversos casos de soluções técnicas banidas por oferecerem riscos à segurança ou por concederem vantagem excessiva a uma equipe.
Invenções proibidas na Fórmula 1
- Brabham BT46B – “Carro Ventilador” (1978): Ventilador traseiro gerava forte downforce ao sugar o ar sob o carro. Venceu na estreia, mas foi banido no mesmo ano por violar o regulamento.
- Efeito Solo com saias laterais (1970–1983): Introduzido pela Lotus, criava vácuo sob o carro para maior aderência. Proibido em 1983 por riscos de instabilidade.
- Tyrrell P34 – Seis rodas (anos 1970): Usava quatro rodas dianteiras para melhor tração. Saiu de cena após a Goodyear parar de fabricar os pneus e a FIA proibir mais de quatro rodas em 1980.
- Suspensão ativa (anos 1990): Ajustava a altura do carro em tempo real para otimizar desempenho. Banida por ser cara, complexa e dar grande vantagem técnica.
- Amortecedores de massa sintonizados – Renault (anos 2000): Reduziam vibrações e melhoravam a estabilidade. Proibidos por atuarem como dispositivos aerodinâmicos móveis.
- Difusor duplo – Brawn GP (2009–2010): Criava canais extras de ar para aumentar o downforce. Legal inicialmente, mas banido em 2011 após protestos.
- Duto F – McLaren (2010): Permitida manipulação manual do fluxo de ar para reduzir arrasto. Banido por questões de segurança e interferência do piloto.
- Direção DAS – Mercedes (2020): Permitida alteração do alinhamento das rodas dianteiras em movimento. Usada em 2020 e proibida no ano seguinte.
- Asas flexíveis (banimento reforçado em 2024): Flexionavam sob carga para reduzir arrasto. Consideradas ilegais e alvos de testes mais rigorosos pela FIA