Durante sua visita ao Japão, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ministro da Educação, Camilo Santana, firmaram um acordo de cooperação educacional com o governo japonês. O memorando tem como principal objetivo fortalecer o intercâmbio acadêmico e profissional entre os dois países, promovendo a troca de informações sobre políticas educacionais e reformas em andamento.
Além disso, o documento prevê a realização de conferências, simpósios e outros eventos conjuntos, estimulando a colaboração entre instituições de ensino. Também estão previstos programas voltados à qualificação de professores, estudantes e especialistas, visando o aprimoramento da educação e o compartilhamento de boas práticas pedagógicas.
Parcerias na educação
Um dos temas centrais da agenda foi a reunião com representantes das escolas brasileiras no Japão, que expressaram preocupação com a possível suspensão do Fundo do Ensino Médio, um subsídio do governo japonês destinado a estudantes estrangeiros. A comunidade brasileira no país soma cerca de 210 mil pessoas, sendo 30 mil em idade escolar. No entanto, apenas 13% desses alunos estão matriculados em escolas brasileiras, enquanto muitos enfrentam dificuldades na aprendizagem do idioma japonês.
Para ajudar a superar esse desafio, o Ministério da Educação anunciou a criação de um projeto-piloto em parceria com a Universidade Federal do Paraná. A iniciativa oferecerá tutoria e suporte pedagógico aos estudantes brasileiros, com o objetivo de aprimorar o ensino da língua japonesa e contribuir para um melhor desempenho acadêmico.
Relação Brasil e Japão
Além dos avanços na educação, a visita oficial resultou na formalização de dez acordos e 80 instrumentos de cooperação em áreas estratégicas, como comércio, indústria, meio ambiente, ciência e tecnologia. Brasil e Japão reforçaram seu compromisso com a Parceria Estratégica Global, estabelecendo um plano de ação para aprofundar os laços bilaterais até 2030.
No encontro entre o presidente Lula e o primeiro-ministro japonês, Shigeru Ishiba, também foi consolidado o compromisso de realizar reuniões entre chefes de Estado a cada dois anos, fortalecendo a cooperação diplomática. A visita ocorre em um momento simbólico, quando os dois países se preparam para comemorar 130 anos de relações diplomáticas em 2025.