Os efemerópteros, conhecidos popularmente como “insetos efêmeros”, pertencem à ordem Ephemeroptera e se destacam por terem a fase adulta mais curta entre os seres vivos, vivendo no máximo 24 horas. Nesse curto intervalo, sua principal atividade é a reprodução.
O grupo dos efemerópteros é composto por aproximadamente 4 mil espécies, sendo o mais antigo entre os insetos com asas. No Brasil, foram identificados 63 gêneros e 166 espécies, distribuídas em dez famílias. Esses bichinhos são conhecidos por diversos nomes populares, como aleluias, efêmeros, siriruias, besouros-de-maio, borboletas-de-piracema e sirirujá.
24h de vida
Os efemerópteros possuem características morfológicas distintas, como corpo flexível e asas finas e membranosas, podendo alcançar até 4 cm de comprimento. Na fase adulta, esses insetos não se alimentam, pois suas estruturas bucais são bastante simples e subdesenvolvidas.
A fase adulta dos efemerópteros, que dura geralmente menos de 24 horas, tem como principal objetivo a reprodução. Por outro lado, na fase larval, que se desenvolve em ambientes aquáticos, esses insetos apresentam uma alimentação diversificada, podendo ser herbívoros, detritívoros ou até mesmo predadores. Esse estágio larval pode se estender de meses a até vários anos, conforme a espécie.
Importância desses insetos
Esses insetos exercem uma função ecológica importante, especialmente no controle de populações de outros insetos, como os mosquitos. Por isso, são vistos como aliados no controle biológico de espécies como o Aedes aegypti, responsável pela transmissão de doenças como a dengue e a febre-amarela urbana.
Além disso, os efemerópteros são considerados excelentes indicadores da qualidade da água, pois sua presença ou ausência pode refletir o estado de conservação dos corpos hídricos. Esses insetos desempenham papéis ecológicos essenciais e também servem de alimento para peixes de água doce, o que ressalta sua importância para o equilíbrio dos ecossistemas aquáticos.
Em 2019, uma pesquisa detalhada sobre as espécies de efemerópteros no Brasil mostrou que 92% delas foram classificadas como “Menos Preocupante” pela União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN), enquanto 2,8% estavam em risco de extinção.