O Censo Demográfico de 2022, realizado pelo IBGE, trouxe novos retratos da população em Minas Gerais. O estado agora conta com 34 cidades que ultrapassaram os 100 mil habitantes. Um dado que reforça a importância da região no cenário nacional e aponta para profundas transformações urbanas.
A pesquisa também revelou contrastes. Enquanto alguns municípios se expandem de forma acelerada, outros enfrentam perda populacional, exigindo atenção especial do poder público.
Belo Horizonte perde moradores, enquanto Uberlândia avança
Belo Horizonte continua sendo a maior cidade do estado, mas viu sua população encolher. Desde 2010, perdeu 3% de seus moradores e agora soma 2.315.560 habitantes. O movimento pode estar ligado à busca por melhor qualidade de vida em municípios vizinhos.
Na contramão, Uberlândia vive um cenário de expansão. A cidade do Triângulo Mineiro cresceu 18% em doze anos e chegou a 713.232 moradores, consolidando-se como a segunda mais populosa de Minas.
Nova Serrana lidera o crescimento
O destaque absoluto no estado foi Nova Serrana. A cidade do centro-oeste mineiro registrou aumento de 43% em sua população, passando de 73.699 para 105.552 habitantes. O avanço está diretamente relacionado à força do setor calçadista local, que gerou empregos e atraiu novos moradores.
Outros municípios também chamaram atenção. Vespasiano cresceu 24% e Nova Lima, 38%. A expansão urbana e melhorias na infraestrutura tornam essas cidades polos atrativos para quem busca novas oportunidades.
Crescimento traz benefícios e desafios
O aumento populacional tende a movimentar a economia local, criar empregos e fomentar o comércio. No entanto, também exige respostas rápidas em áreas essenciais como transporte, saúde, habitação e saneamento.
Cidades como Uberlândia e Nova Serrana precisam investir fortemente em planejamento urbano. Garantir que o crescimento seja sustentável é o maior desafio. Sem estrutura adequada, o avanço pode gerar sobrecarga nos serviços públicos e desigualdade social.
Queda populacional também preocupa
Enquanto algumas cidades atraem novos moradores, outras enfrentam esvaziamento. Governador Valadares viu sua população encolher 2% desde o último censo. A capital mineira, como já citado, teve redução de 3%.
Fatores como desemprego, qualidade dos serviços públicos e falta de oportunidades ajudam a explicar a migração. Para reverter o cenário, os municípios precisam criar incentivos fiscais, investir em infraestrutura e promover revitalizações que tornem a cidade mais atrativa para empresas e famílias.