Um jovem chinês, estudante universitário que vive no país, precisou ser resgatado duas vezes em menos de uma semana no monte Fuji, após retornar à montanha para recuperar seu celular perdido.
O caso curioso ocorrido no Japão chamou a atenção da imprensa internacional e viralizou nas redes sociais nos últimos dias. A sequência de eventos inusitados gerou piadas online e reacendeu o debate sobre a dependência moderna da tecnologia, especialmente entre os mais jovens.
Homem é resgatado duas vezes do monte Fuji após voltar para pegar o celular
O primeiro resgate ocorreu em 22 de abril, quando o estudante enfrentou dificuldades durante a subida ao monte Fuji, um dos picos mais emblemáticos do Japão. As condições adversas o forçaram a pedir ajuda, sendo socorrido por helicóptero e encaminhado para segurança.
No entanto, quatro dias depois, surpreendendo autoridades e alpinistas experientes, o mesmo jovem retornou sozinho ao local do incidente, supostamente com o objetivo de reencontrar seu telefone celular perdido durante o primeiro resgate.
De acordo com informações divulgadas por veículos de imprensa japoneses, como o canal TBS, foi um outro alpinista quem encontrou o estudante novamente na trilha, já em condições debilitadas, próximo dos 3.000 metros de altitude.
Alertadas, as autoridades prontamente organizaram um novo resgate. A polícia de Shizuoka, província que abriga parte da montanha, confirmou que o jovem apresentava sintomas de mal da montanha — uma condição associada à exposição prolongada a grandes altitudes — e foi encaminhado ao hospital.
Ainda segundo os meios de comunicação locais, embora a motivação para o retorno à montanha não tenha sido oficialmente confirmada, a hipótese mais divulgada é de que ele tenha se arriscado novamente unicamente para buscar o celular.
Monte Fuji é o mais alto do Japão
O monte Fuji é um vulcão ativo e o ponto mais alto do Japão, com 3.776 metros. Embora seja um destino popular entre turistas e alpinistas, sua escalada oferece riscos significativos, sobretudo fora da temporada apropriada.
Durante grande parte do ano, o pico permanece coberto de neve e exposto a condições climáticas rigorosas.
O mal da montanha, também conhecido como doença da altitude, pode causar sintomas como dores de cabeça, náuseas, tontura e, em casos mais graves, edema cerebral ou pulmonar.
A condição surge quando o corpo não consegue se adaptar rapidamente à baixa concentração de oxigênio em altitudes elevadas — o que pode explicar o estado crítico do jovem em ambas as ocasiões.
O episódio, apesar de alarmante, gerou reflexões sobre os limites da tecnologia no cotidiano e o quanto estamos dispostos a arriscar por objetos pessoais.