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Herança de Pedro Collor é bloqueada por causa de dívida de jornal

Por Leticia Florenço
29/05/2025
Em Colunas, Mais Tendências
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Pedro Collor - Reprodução

Pedro Collor - Reprodução

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A Justiça do Trabalho em Alagoas determinou o bloqueio de R$ 84 mil do espólio de Pedro Collor de Mello, ex-empresário e figura central em um dos maiores escândalos políticos do Brasil.

A decisão visa garantir o pagamento de uma dívida trabalhista do jornal Gazeta de Alagoas, pertencente à família Collor. A medida foi tomada após o descumprimento de um acordo firmado entre a empresa jornalística e uma ex-funcionária.

Como o jornal não honrou os termos do acordo, a Justiça optou por utilizar parte da herança de Pedro para assegurar o cumprimento da obrigação.

Legado de Pedro Collor

Pedro Collor ficou nacionalmente conhecido no início da década de 1990 ao denunciar esquemas de corrupção envolvendo o governo do irmão, Fernando Collor de Mello, então presidente da República.

As denúncias feitas por ele à imprensa foram determinantes para o processo de impeachment de 1992. Esse episódio marcou uma profunda ruptura familiar. Pedro faleceu em 1994, aos 42 anos, vítima de um tumor cerebral, sem reconciliação pública com o irmão.

Desde então, seu nome permaneceu ligado tanto à luta por justiça quanto à controvérsia política e empresarial que cercava a família.

Dívida da Gazeta de Alagoas

A dívida trabalhista que motivou o bloqueio judicial tem origem em um processo movido por uma ex-funcionária da Gazeta de Alagoas, jornal tradicional de Maceió. Após o rompimento do contrato de trabalho, um acordo judicial havia sido estabelecido, mas não foi cumprido pela empresa.

A Justiça do Trabalho, considerando a responsabilidade patrimonial dos sócios e herdeiros, autorizou a penhora do valor diretamente do espólio de Pedro Collor, o que reacendeu discussões sobre a responsabilidade pós-morte e os limites legais da herança familiar quando há dívidas pendentes.

Reencontro familiar após décadas

O caso veio à tona em um momento delicado e simbólico para a família Collor. Depois de décadas de distanciamento, Fernando Collor e Thereza Collor, viúva de Pedro, protagonizaram um reencontro público em outubro de 2024.

A ocasião foi um ato de campanha de Fernando Lyra Collor, filho de Pedro, candidato a vereador em Maceió pelo PSB. A presença de Fernando e Thereza no mesmo palanque sinalizou uma reconciliação histórica, marcando o fim de anos de silêncio e desavenças que se arrastavam desde os escândalos dos anos 1990.

Implicações para os herdeiros

O bloqueio do espólio representa não apenas uma consequência jurídica, mas também um alerta aos herdeiros sobre a extensão das responsabilidades legais herdadas.

Embora Pedro Collor tenha falecido há mais de 30 anos, sua herança ainda está sujeita a ações judiciais em curso, especialmente aquelas que envolvem empresas em seu nome ou de seu grupo familiar.

A decisão da Justiça demonstra que os direitos trabalhistas prevalecem mesmo diante de obstáculos temporais e familiares, e que obrigações empresariais mal resolvidas podem atingir patrimônios deixados a filhos e cônjuges.

Enquanto isso, a Justiça brasileira reforça que os direitos dos trabalhadores devem ser respeitados, mesmo diante de grandes nomes e legados históricos. O espólio de Pedro Collor, que hoje volta ao centro das atenções, torna-se símbolo de que nem mesmo o tempo ou a morte apagam a necessidade de justiça e responsabilidade.

Leticia Florenço

Leticia Florenço

Filha da Terra da Luz, jornalista pela Universidade de Fortaleza (Unifor).

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