A canela é uma especiaria muito conhecida e apreciada pelo seu aroma doce e sabor levemente picante. Originária do Sri Lanka, China e outras regiões do sudeste asiático, ela é extraída da casca interna das árvores do gênero Cinnamomum.
Utilizada há milhares de anos na culinária e na medicina tradicional, a canela possui diversos compostos que conferem propriedades antioxidantes, anti-inflamatórias e digestivas. Porém, para mulheres grávidas, o consumo dessa especiaria, especialmente na forma de chá, deve ser feito com cautela e sob orientação médica.
Benefícios do chá de canela para a saúde geral
O chá de canela apresenta vários benefícios, como a melhora da digestão, aliviando gases e desconfortos gastrointestinais leves. Seus compostos antioxidantes ajudam a proteger as células contra os danos causados por radicais livres, enquanto suas propriedades anti-inflamatórias podem contribuir para a redução de processos inflamatórios no organismo.
Além disso, a canela possui efeito termogênico, que estimula o metabolismo e pode auxiliar no controle de peso. Outro ponto positivo é a melhora da sensibilidade à insulina, importante para pessoas com resistência insulínica ou pré-diabetes. Também é comum o uso da canela para aliviar cólicas menstruais leves.
Riscos e contraindicações do chá de canela na gravidez
Apesar dos benefícios, o consumo do chá de canela durante a gestação pode trazer riscos significativos. A especiaria tem potencial para estimular contrações uterinas, o que pode levar a complicações como parto prematuro ou até aborto espontâneo, principalmente durante o primeiro trimestre, período crítico para a formação dos órgãos do bebê.
Além disso, em doses elevadas, a canela pode irritar o trato gastrointestinal, especialmente em gestantes com histórico de gastrite ou úlceras. A presença da cumarina, especialmente na canela cássia, também merece atenção, pois essa substância pode ser hepatotóxica quando consumida em excesso e de forma prolongada.
Como consumir canela de forma segura
Para a população em geral, a forma mais segura e recomendada de consumir a canela é em infusão: pedaços pequenos do pau de canela devem ser colocados em água quente por cerca de 5 a 10 minutos, evitando fervura prolongada para não intensificar compostos irritantes.
O consumo deve ser moderado, com uma ou duas xícaras por dia. No entanto, essa recomendação não se aplica às gestantes, para as quais o ideal é evitar o chá completamente, a menos que indicado por um profissional de saúde.
Chás e substâncias que devem ser evitados na gravidez
Além do chá de canela, várias outras infusões e plantas são contraindicadas para mulheres grávidas, devido ao risco de estimular contrações uterinas, causar hemorragias ou até intoxicações. Entre essas plantas estão:
- Chá de canela: Pode estimular contrações uterinas, aumentando risco de parto prematuro ou aborto.
- Boldo: Possui efeito tóxico devido ao ascaridol, podendo causar abortos e má formação fetal.
- Carqueja: Relaxa o útero, o que pode provocar aborto espontâneo.
- Arruda: Estimula contrações uterinas, podendo causar sangramentos e intoxicações graves.
- Sene: Pode provocar diarreia intensa e contrações uterinas perigosas.
- Camomila (em doses elevadas): Pode relaxar o útero e induzir aborto.
- Erva-doce: Possui efeito abortivo, deve ser evitada.
- Cravo-da-índia: Tem propriedades que podem provocar aborto.
- Hortelã: Pode causar má formação fetal em doses elevadas.
- Chás com cafeína (preto, mate, verde, branco): Devem ser consumidos com cautela, pois estimulam o sistema nervoso central, causando agitação, palpitações e podem aumentar o risco de baixo peso ao nascer.
Para garantir uma gestação segura e saudável, o mais recomendado é evitar o chá de canela e qualquer outro chá com potencial abortivo, consultando sempre um profissional de saúde antes de qualquer uso.