A NASA e a Agência Espacial Europeia (ESA) estão monitorando de perto o asteroide 2024 YR4, descoberto em dezembro do ano passado, e que tem intrigado cientistas em todo o mundo.
Com um diâmetro estimado entre 53 e 67 metros, o equivalente a um prédio de 15 andares, o corpo celeste apresenta uma possibilidade real, ainda que pequena, de colidir com a Lua no dia 22 de dezembro de 2032.
De acordo com o Centro de Objetos Próximos da Terra da NASA, os cálculos mais recentes estimam uma chance de 3,8% de impacto com o satélite natural da Terra. Embora essa probabilidade ainda seja inferior a 5%, ela é considerada significativa dentro dos protocolos de defesa planetária.
Risco para a Lua, não para a Terra
É importante mencionar que, inicialmente, o asteroide chegou a levantar preocupações quanto a uma possível colisão com a Terra, com estimativas chegando a 3,1% de risco.
Contudo, observações posteriores realizadas com o telescópio espacial James Webb descartaram qualquer ameaça direta ao nosso planeta. Com isso, o foco das atenções voltou-se inteiramente à Lua, cuja integridade está sob observação intensiva.
Vale mencionar que, segundo a própria NASA, mesmo que o 2024 YR4 atinja a Lua, não haveria qualquer consequência gravitacional ou de órbita para a Terra. Isso porque a massa do asteroide, apesar de expressiva para estudos científicos, é pequena demais para alterar a dinâmica entre os dois corpos celestes.
Outro detalhe importante é que o tamanho do asteroide ultrapassa o limite de 50 metros estabelecido pelas diretrizes internacionais para ativação de planos de defesa planetária. Isso reforça a necessidade de acompanhamento contínuo, ainda que o impacto não envolva diretamente a Terra.
Oportunidade científica sem precedentes
Caso o asteroide realmente atinja a superfície lunar, o evento poderá ser transformado em um experimento natural raro, permitindo a observação direta da formação de uma cratera lunar com dados concretos sobre o corpo impactante.
Cientistas acreditam que, além de observável a partir da Terra com telescópios, e até binóculos em certas condições, o impacto pode gerar informações valiosas para futuras estratégias de proteção planetária.
Além disso, o asteroide 2024 YR4 tornou-se o menor objeto já registrado pelo telescópio James Webb, o que demonstra o avanço da tecnologia atual em rastrear ameaças espaciais de pequeno porte, mas com alto potencial destrutivo.