Nos últimos anos, a geração Z — jovens nascidos entre 1997 e 2010 — tem liderado uma mudança significativa nos hábitos de consumo. Mais atentos aos impactos econômicos e ambientais, esses jovens estão adotando o subconsumo como um novo padrão de vida. Em contraste com as gerações anteriores, conhecidas pelo consumismo e pela exibição de bens, esse grupo privilegia a simplicidade, o minimalismo e a sustentabilidade em suas decisões cotidianas.
Nas redes sociais, especialmente no TikTok, conteúdos com hashtags como #subconsumo e #underconsumptioncore têm acumulado milhares de visualizações, refletindo o crescente interesse desse público em evitar compras por impulso, reutilizar produtos e incorporar práticas mais sustentáveis no dia a dia.
Subconsumo da geração Z
Essa transformação na forma de pensar decorre de elementos como a instabilidade econômica, a preocupação com o meio ambiente e a preferência por vivências em vez do acúmulo de bens materiais. Para a geração Z, consumir menos representa também uma estratégia para poupar visando metas mais ambiciosas no futuro, como a compra de uma casa ou a conquista de estabilidade financeira.
O subconsumo promovido pela geração Z se manifesta em diversos hábitos, tais como:
- Preferência por produtos de segunda mão, desde roupas até veículos;
- Prática da reciclagem e do conserto, evitando o descarte precoce;
- Compartilhamento de bens e serviços, como carros e assinaturas;
- Reformulação ou customização de roupas para prolongar seu uso.
Além dos efeitos sociais e ambientais, a transformação impulsionada pela geração Z influencia diretamente o mercado. Negócios e indústrias são desafiados a se ajustar para conquistar consumidores que valorizam ética, responsabilidade social e sustentabilidade. Com o crescimento das redes sociais e da tecnologia, essa demanda se intensifica, obrigando as empresas a repensar seus métodos de produção e comunicação para continuar competitivas e relevantes.