Uma premiação de um carro que deveria representar um momento de celebração terminou em polêmica e demissão em uma empresa de contabilidade de Santos, no litoral de São Paulo.
Larissa Amaral da Silva, de 25 anos, ganhou um carro em um sorteio promovido pela Quadri Contabilidade no final de 2024, mas poucos meses depois, foi demitida e perdeu o direito ao veículo.
A situação veio a público após a jovem expor o caso nas redes sociais, alegando injustiça por parte da empresa, que por sua vez diz que a ex-funcionária descumpriu as regras.
Funcionária ganha carro em sorteio da empresa e é demitida após reclamar
O sorteio, realizado durante a confraternização de fim de ano, prometia entregar aos funcionários um Jeep Compass, avaliado em mais de R$ 100 mil. Larissa foi a grande vencedora do evento, celebrando a conquista diante dos colegas e da direção.
No entanto, após receber o carro, ela afirmou ter enfrentado inúmeros problemas mecânicos, o que a obrigou a gastar cerca de R$ 10 mil em reparos, regularização de documentos e transferência de propriedade.
Segundo Larissa, o desgaste e os custos levaram-na a buscar um reembolso junto à empresa, mas, sem sucesso, ela decidiu tornar as queixas públicas.
A jovem relatou que, ao tentar resolver a situação, se deparou com novas exigências por parte da empresa para manter o prêmio, como continuar no emprego por mais um ano, cumprir metas trimestrais — que incluíam organizar campanhas beneficentes com seu próprio dinheiro— e arcar integralmente com todos os custos relacionados ao carro.
Após discutir essas condições e sem obter acordo sobre o reembolso das despesas, Larissa foi demitida e a empresa pediu a devolução do veículo. Ela afirma ter sido informada do desligamento por telefone enquanto trabalhava de home office, sem qualquer advertência prévia.
Carro estava atrelado ao cumprimento de regras aceitas pela funcionária, diz empresa
Em sua defesa, a Quadri Contabilidade alegou que o sorteio estava vinculado a regras específicas, das quais Larissa tinha pleno conhecimento e havia concordado previamente.
De acordo com a empresa, a funcionária descumpriu as condições ao utilizar o veículo para locação a terceiros, prática proibida pelo regulamento.
Além disso, a companhia explicou que o carro só teria a titularidade transferida oficialmente após o cumprimento de todas as exigências até dezembro de 2025.
A empresa também criticou a exposição pública do caso, afirmando que Larissa divulgou uma versão distorcida dos fatos e que a situação causou prejuízos à imagem da organização e de seus representantes.