Segundo a Agência Espacial Europeia (ESA), a possibilidade de viajar no tempo ainda pertence ao campo da teoria e da ficção, mas permanece como um dos temas mais populares na cultura pop.
Isso porque, ao combinar ciência, emoção e filosofia, o conceito inspira narrativas que desafiam o tempo linear e convidam à reflexão sobre escolhas, arrependimentos e destinos alternativos.
Filmes de viagem no tempo com elementos de romance tornaram-se tendência duradoura no cinema, especialmente por humanizarem temas complexos com tramas íntimas e afetivas.
Na ficção, a relatividade do tempo, descrita por Albert Einstein, abre portas para histórias que envolvem loops temporais, encontros em eras distintas e relações que desafiam cronologias.
E, mesmo com as restrições científicas apontadas pela física moderna, como a “conjectura de proteção da cronologia”, tais filmes continuam a fascinar justamente por apresentar o impossível de forma emocionalmente plausível.
Clássicos com viagem no tempo que marcaram época
Entre os títulos indispensáveis está Feitiço do Tempo (1993), que deu novo significado à ideia de reviver o mesmo dia repetidamente. Já Em Algum Lugar do Passado (1980) e A Casa do Lago (2006) exploram o romantismo através de correspondências e encontros marcados por desencontros temporais.
Kate & Leopold (2001) aposta no contraste entre passado e presente para construir um relacionamento improvável, enquanto Quando Nos Conhecemos (2018) usa o humor e a nostalgia para revisitar um amor não correspondido.
Vale mencionar que Meia-Noite em Paris (2011), de Woody Allen, equilibra nostalgia, arte e filosofia ao permitir que seu protagonista vivencie décadas passadas.
Outro detalhe importante é que filmes como Palm Springs (2020) e Questão de Tempo (2013) trazem novas camadas ao gênero, abordando questões existenciais e emocionais com leveza e profundidade.
A ciência por trás da ficção e seus paradoxos
É importante mencionar que, segundo a UFRGS, a viagem no tempo para o futuro é teoricamente possível com base na teoria da relatividade — por meio da dilatação temporal em velocidades próximas à da luz ou sob fortes campos gravitacionais.
Entretanto, o retorno ao passado levanta paradoxos ainda não resolvidos, como o clássico “paradoxo do avô”, e encontra forte resistência no campo da mecânica quântica.
Dessa forma, embora a física ainda não permita experiências reais com o tempo, os filmes seguem cumprindo esse papel: levar o público a reflexões sobre amor, destino e possibilidades.