A partir de 2025, o cenário do trabalho aos domingos e feriados passará por uma transformação importante no Brasil. Isso porque a Portaria nº 3.665/2023, publicada pelo Ministério do Trabalho e Emprego, estabeleceu novas diretrizes que exigem maior participação dos sindicatos nas decisões sobre funcionamento nesses dias.
A medida afeta principalmente os setores de comércio e serviços, exigindo que as empresas fechem acordos coletivos com os sindicatos antes de autorizar o trabalho em feriados e domingos. O objetivo é reforçar a proteção aos trabalhadores, assegurando compensações justas, como pagamento em dobro ou folgas compensatórias.
Acordo coletivo passa a ser obrigatório
A grande mudança trazida pela nova portaria é a obrigatoriedade da negociação entre empregadores e sindicatos. Apenas com um acordo coletivo válido será possível manter o funcionamento de estabelecimentos em feriados e domingos. Esse processo deve incluir definições claras sobre remuneração adicional, condições de trabalho, horários e folgas.
A intenção do governo é tornar as relações trabalhistas mais equilibradas, promovendo um ambiente de trabalho justo e com maior valorização do tempo de descanso dos empregados.
Empresas devem se antecipar para evitar problemas
Apesar de a Lei 10.101/2000, que autoriza o comércio a funcionar em feriados, continuar válida, o novo texto exige que as empresas estejam em dia com as novas regras de negociação. Por isso, é fundamental que empregadores iniciem o diálogo com os sindicatos o quanto antes, evitando irregularidades a partir da nova data de vigência.
Vale destacar que as mudanças entram em vigor apenas em 1º de julho de 2025, o que dá tempo para empresas e trabalhadores se adaptarem à nova realidade.
O que muda para o trabalhador?
Para os trabalhadores, a mudança representa um avanço na garantia de seus direitos. Além de exigir que o trabalho em domingos e feriados seja compensado, a portaria fortalece o papel dos sindicatos como defensores das boas condições de trabalho.
O trabalhador deve estar atento aos acordos firmados entre o seu empregador e o sindicato da categoria, pois é neles que estarão definidas as regras específicas, como horários e formas de pagamento.
O governo federal acredita que essa nova abordagem fortalece a justiça nas relações de trabalho, estimula o diálogo e contribui para um ambiente mais harmônico entre patrões e empregados. Empresas que se adaptarem com agilidade às novas exigências poderão evitar conflitos trabalhistas e, ao mesmo tempo, conquistar um ambiente mais produtivo e saudável para seus funcionários.