De acordo com a The Lancet, uma das mais respeitadas publicações científicas do mundo, a crise climática já está provocando consequências alarmantes para a saúde e a sobrevivência da vida no planeta.
Especialistas apontam que, caso o aquecimento global continue no ritmo atual, a humanidade pode enfrentar uma extinção em massa semelhante à que ocorreu no Período Permiano, há mais de 250 milhões de anos, quando cerca de 90% das espécies foram extintas.
Vale mencionar que o alerta foi reforçado durante o Forecasting Healthy Futures Global Summit, evento internacional sobre saúde e clima que teve início no Rio de Janeiro, sede escolhida em função da realização da COP 30, marcada para novembro de 2025.
O cenário global indica que, se não houver uma redução drástica nas emissões de gases de efeito estufa, o aumento da temperatura pode ultrapassar 2,7 °C até o final do século, limite considerado crítico por cientistas do mundo inteiro.
Colapso climático é iminente
Vale mencionar que o ritmo atual de perda de biodiversidade é mil vezes mais rápido do que em qualquer outro período da história recente. Isso porque o aumento da temperatura global intensifica eventos climáticos extremos, como tempestades violentas, ondas de calor e estiagens prolongadas.
Além disso, o derretimento das camadas de gelo no Ártico e a elevação do nível do mar ameaçam regiões densamente povoadas, com impactos irreversíveis.
Outro detalhe importante é que o metano, gás com efeito estufa 83 vezes mais potente que o dióxido de carbono, tem papel central nesse processo. Ele é liberado principalmente na exploração de combustíveis fósseis, especialmente o gás natural.
A manutenção das políticas atuais pode, inclusive, comprometer a estabilidade econômica global, com perdas estimadas em até US$ 38 trilhões por ano a partir de 2049.
Medidas urgentes para frear a crise climática
O Brasil tem adotado medidas significativas no enfrentamento à crise climática. Entre as principais ações estão o Plano Clima, principal diretriz até 2035, o fortalecimento do combate ao desmatamento e o incentivo à agricultura sustentável
A meta de zerar o desmatamento até 2030 é uma das mais ambiciosas e está alinhada aos compromissos do país com acordos internacionais como o Acordo de Paris.