O tempo para superar o fim de um relacionamento varia de pessoa para pessoa. Enquanto alguns conseguem deixar o passado para trás com mais facilidade, outros podem levar anos para se desligar emocionalmente de um ex-parceiro.
Pesquisadores da Universidade de Illinois em Urbana-Champaign investigaram esse processo em um estudo publicado na revista Social Psychological and Personality Science, buscando entender em quanto tempo, em média, os laços afetivos se desfazem por completo.
Tempo para superar o ex
O estudo contou com a participação de 328 voluntários adultos, todos com histórico de relacionamentos de pelo menos dois anos e cujos ex-parceiros ainda estavam vivos no momento da pesquisa. A média de idade dos participantes era de 30 anos, sendo 57% mulheres. O tempo médio dos relacionamentos analisados foi de 4,6 anos, e os términos ocorreram, em média, cinco anos antes do estudo.
Para avaliar o nível de apego emocional, os participantes responderam a questionários comparando seus sentimentos em relação ao ex-parceiro e a um estranho. Os dados revelaram que, com o tempo, a maioria das pessoas realmente supera o ex e deixa de sentir qualquer vínculo emocional significativo. Em média, o processo de desligamento começa a ocorrer após 4,18 anos e, ao longo de aproximadamente 8 anos, o apego desaparece completamente.
Depende de cada um
Os pesquisadores observaram que o tempo necessário para superar um ex-parceiro varia significativamente entre os participantes. Enquanto a maioria eventualmente rompe totalmente o vínculo emocional, algumas pessoas continuam a sentir apego mesmo após muitos anos. Curiosamente, fatores como gênero ou o início de um novo relacionamento não tiveram grande influência nesse processo.
O que mais impacta a dificuldade de seguir em frente é o contato frequente com o ex, que prolonga a conexão emocional. Além disso, ter filhos pode fortalecer o vínculo no início, mas, ao longo do tempo, pais separados costumam superar o apego mais rapidamente do que aqueles que não têm filhos em comum.
A pesquisa reforça a ideia de que o tempo ajuda a superar a perda, mas o processo é único para cada indivíduo.