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Estudo revela segredos no túmulo de Alexandre, o Grande, e causa controvérsia

Por Leticia Florenço
18/05/2025
Em Colunas, Mais Tendências
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Mosaico retratando Alexandre, o Grande - Domínio Público via Wikimedia Commons

Mosaico retratando Alexandre, o Grande - Domínio Público via Wikimedia Commons

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Um estudo arqueológico recente trouxe à tona novas revelações sobre o Túmulo I, situado no sítio arqueológico de Vergina, na Grécia, um dos locais mais emblemáticos associados à família real macedônia.

O túmulo, que foi descoberto em 1977 e inicialmente atribuído ao rei Filipe II, pai de Alexandre, o Grande, agora é considerado por pesquisadores como o local de sepultamento de um homem mais jovem, que morreu antes de Filipe II.

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Esta descoberta, divulgada na edição de julho de 2025 do Journal of Archaeological Science, levanta controvérsias e reacende o debate sobre os mistérios que envolvem a sepultura da figura histórica mais célebre da Macedônia.

Contexto do Túmulo de Vergina

O Túmulo I de Vergina foi uma das mais importantes descobertas arqueológicas do século XX, já que se pensava que abrigava os restos mortais de Filipe II, o pai de Alexandre, o Grande.

Localizado sob um imponente montículo funerário, o túmulo foi encontrado contendo diversos artefatos valiosos, que indicavam uma ligação com a nobreza macedônia.

Durante anos, a comunidade acadêmica acreditou que os ossos encontrados no local pertenciam ao famoso monarca que consolidou o império macedônio e deu início à expansão que Alexandre mais tarde levaria a um nível épico.

A nova descoberta

O estudo mais recente, porém, trouxe novas evidências que contradizem essa teoria. De acordo com as análises de radiocarbono e outros exames, os restos mortais do homem encontrado no Túmulo I pertencem a uma pessoa jovem, com idades entre 25 e 35 anos, o que afasta a possibilidade de se tratar de Filipe II, que foi assassinado aos 46 anos.

A pesquisa sugere que o homem sepultado ali morreu antes de Filipe II, entre 388 a 356 a.C., com base nas datas de radiocarbono que datam a sua morte.

Além do homem, o túmulo contém os restos de uma mulher e de seis crianças, número maior do que os estudiosos haviam identificado anteriormente. As crianças, conforme indicado pelo estudo, foram enterradas em uma fase posterior, entre 150 a.C. e 130 d.C., durante o período romano.

Este fato indica que o local foi reutilizado ao longo dos séculos, talvez como um local simbólico ou de prestígio para os moradores da região.

Identidade do casal e possível identificação dos restos

Embora o estudo tenha revelado novos detalhes sobre o Túmulo I, a identidade dos indivíduos sepultados ainda é incerta. O casal enterrado ali não é imediatamente reconhecível, mas testes isotópicos realizados na mulher e no homem sugerem pistas interessantes.

A mulher parece ter crescido em Pela, antiga capital da Macedônia, enquanto o homem pode ter vindo de outra região, o que indica que ele não fazia parte da família direta de Filipe II.

Uma possibilidade que surge com base nesses dados é que ele possa ter sido um monarca anterior a Filipe II, como Alexandre II ou Pérdicas III, que governaram durante um período turbulento para a Macedônia.

Os artefatos encontrados no túmulo, como joias, armas e outros objetos de valor, indicam que o casal fazia parte da elite social e política da época, o que reforça a ideia de que o Túmulo I não é um simples túmulo comum, mas sim um local de sepultamento de figuras de destaque. No entanto, a falta de confirmação sobre a identidade exata dos sepultados deixa o mistério em aberto.

Relação com os Túmulos de Vergina

O sítio de Vergina é um complexo funerário de grande importância histórica, composto por vários túmulos reais e associados à dinastia macedônia. O Túmulo II, descoberto também na década de 1970, é amplamente considerado como o local de sepultamento de Filipe II.

A evidência que leva muitos estudiosos a acreditar nisso é a presença de restos cremados de um homem idoso encontrado nesse túmulo, com características compatíveis com a idade de Filipe II na época de sua morte. Mesmo com essa teoria, o Túmulo I continua sendo uma questão em aberto.

Controvérsia e reações no mundo acadêmico

O estudo que agora aponta para um sepultamento diferente causou um grande alvoroço na comunidade acadêmica. O antropólogo Antonis Bartsiokas, que anteriormente defendia a ideia de que Filipe II estava enterrado no Túmulo I, não concorda com as conclusões do novo estudo e anunciou que publicará um artigo em resposta à pesquisa, defendendo sua tese original.

Para Bartsiokas e outros estudiosos que compartilham dessa visão, o Túmulo I ainda poderia conter os restos mortais de Filipe II, e a discrepância nas análises de idade poderia ser explicada por outros fatores ainda desconhecidos.

O que significa para a história de Alexandre, o Grande

Esta nova descoberta reabre o debate sobre os mistérios em torno da sepultura de Alexandre, o Grande, o filho de Filipe II. Ao longo dos séculos, as circunstâncias da morte e do sepultamento de Alexandre têm sido envoltas em mistério.

A possibilidade de que outros membros da sua família possam estar enterrados em túmulos diferentes e ainda não identificados levanta questões sobre a história da Macedônia antiga e seus reis.

Além disso, essa descoberta levanta a dúvida sobre o destino final de Filipe II, um homem importante para a construção do império que Alexandre herdaria. As reviravoltas arqueológicas e as descobertas científicas que ainda estão por vir podem nos dar uma visão mais clara sobre a dinastia macedônia e os eventos que moldaram o mundo antigo.

O mistério sobre o túmulo de Filipe II continua, mas o estudo traz à tona uma nova camada de complexidade na história dos grandes reis da Antiguidade.

Leticia Florenço

Leticia Florenço

Filha da Terra da Luz, jornalista pela Universidade de Fortaleza (Unifor).

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