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Estudo mostra que a solidão tem efeitos no cérebro

Por Leticia Florenço
11/05/2025
Em Colunas, Mais Tendências
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Solidão - Reprodução/iStock

Solidão - Reprodução/iStock

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A solidão, muitas vezes associada ao envelhecimento, tem se mostrado um fator significativo no declínio cognitivo dos idosos, afetando a memória e as funções cerebrais de maneiras que antes não eram plenamente compreendidas.

A pesquisa realizada pela Universidade de Waterloo, no Canadá, revela uma ligação preocupante entre a solidão e o comprometimento da saúde cerebral. Embora a perda de memória seja uma consequência frequentemente associada ao envelhecimento natural, este estudo traz à tona um aspecto ainda mais alarmante: o impacto emocional da solidão pode ser tão prejudicial quanto a falta de estímulos sociais.

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A solidão não está limitada ao isolamento social

É comum associar solidão ao isolamento social, mas esses dois conceitos não são equivalentes. O isolamento social descreve a falta de contato físico com outras pessoas, enquanto a solidão é um sentimento subjetivo de desconexão emocional.

Isso significa que uma pessoa pode estar cercada por amigos, familiares e colegas, mas ainda assim sentir-se isolada emocionalmente. Esse sentimento de estar “sozinho no meio da multidão” é um fator de risco considerável para o declínio cognitivo, especialmente em idosos.

Efeitos da solidão no cérebro

O impacto da solidão sobre o cérebro é mediado por uma série de reações biológicas e químicas que envolvem o estresse. Um dos principais hormônios nesse processo é o cortisol, que é secretado em resposta a situações estressantes.

Em níveis elevados, o cortisol pode prejudicar várias funções cognitivas, incluindo a memória, a atenção e a capacidade de aprender coisas novas. A exposição prolongada ao estresse causado pela solidão pode, portanto, acelerar a degeneração cerebral e aumentar o risco de doenças neurodegenerativas, como a demência.

Estudo da Universidade de Waterloo

O estudo canadense, que acompanhou grupos de idosos por um período de seis anos, revelou que o grupo mais afetado pela perda de memória foi justamente aquele composto por pessoas que experimentaram solidão, mesmo estando socialmente ativas.

Curiosamente, os idosos que estavam tanto isolados quanto solitários mostraram os piores resultados cognitivos. Surpreendentemente, aqueles que tinham uma rede social ativa, mas ainda assim se sentiam emocionalmente desconectados, também apresentaram sinais de declínio cognitivo.

Esses resultados reforçam a ideia de que a qualidade das interações sociais é mais importante do que a quantidade.

A diferença entre solidão e isolamento social

Em um dos aspectos mais reveladores do estudo, foi demonstrado que a solidão tem um efeito mais devastador sobre a memória do que o próprio isolamento social. Isso implica que não é suficiente estar fisicamente rodeado por pessoas; é crucial que haja um vínculo emocional genuíno.

Ter relações superficiais ou impessoais pode ser igualmente prejudicial para a saúde mental quanto a falta de interação social.

Como a solidão afeta o cérebro?

A solidão desencadeia uma série de respostas químicas que afetam diretamente o funcionamento cerebral. Além do cortisol, outro fator importante é a diminuição da produção de neurotransmissores como a dopamina e a serotonina, que são fundamentais para o bem-estar emocional e cognitivo.

A falta de conexões emocionais de qualidade pode prejudicar a plasticidade neural, ou seja, a capacidade do cérebro de criar novas conexões e se adaptar a mudanças, um processo essencial para a manutenção da memória e da cognição.

Dicas para manter a mente ativa e saudável

Embora a solidão seja um fator de risco importante para o declínio cognitivo, existem maneiras eficazes de mitigar seus efeitos e manter a saúde do cérebro. A chave está em cultivar conexões emocionais positivas e engajamento social.

A plasticidade neural pode ser estimulada por atividades que envolvem tanto o corpo quanto a mente, especialmente aquelas que promovem interação social e desafios cognitivos.

Algumas estratégias incluem:

  • Participar de grupos comunitários ou clubes sociais: Envolver-se com pessoas que compartilham interesses semelhantes pode promover vínculos emocionais profundos, ao mesmo tempo em que oferece oportunidades para estimulação mental.
  • Manter contato regular com amigos e familiares: A comunicação constante com pessoas próximas pode fornecer suporte emocional e ajudar a combater sentimentos de solidão, promovendo uma sensação de pertencimento.
  • Atividades físicas em grupo: Danças em grupo, caminhadas ou outros esportes coletivos são formas eficazes de unir o exercício físico aos benefícios sociais, favorecendo tanto a saúde física quanto a mental.
  • Atividades cognitivas estimulantes: Participar de jogos de tabuleiro, quebra-cabeças ou até aprender novas habilidades pode melhorar a memória e retardar o declínio cognitivo.

Portanto, a solidão não é apenas um problema social, mas uma questão de saúde pública, que exige atenção e intervenção para garantir uma velhice saudável e plena.

Leticia Florenço

Leticia Florenço

Filha da Terra da Luz, jornalista pela Universidade de Fortaleza (Unifor).

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