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Esse filme precisa ser visto mais de uma vez de tão eletrizante

Por Leticia Florenço
06/02/2025
Em Colunas, Mais Tendências
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Protetor 2 - Foto (Imagem/Reprodução)

Protetor 2 - Foto (Imagem/Reprodução)

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A franquia O Protetor consolidou, com maestria, Denzel Washington como um dos maiores astros de ação da atualidade. Em O Protetor 2, ele retoma o papel de Robert McCall, o ex-agente da CIA que, após se aposentar, passa a lutar contra injustiças de maneira implacável.

Sob a direção de Antoine Fuqua, o filme nos apresenta uma versão ainda mais complexa de McCall, ampliando a profundidade do personagem e as camadas de seu universo. Com uma narrativa que mistura ação explosiva com dilemas existenciais e um toque de filosofia, a história exige mais de uma visualização para ser completamente compreendida e apreciada.

Magnífico retrato de McCall

Denzel Washington entrega uma atuação impecável como McCall, tornando o personagem não apenas um juiz de ação, mas também um homem com grandes reflexões internas. A dualidade de McCall é uma das maiores riquezas do filme: ele é ao mesmo tempo implacável, porém compassivo, um assassino metódico, mas com uma grande paixão pela literatura clássica.

Seu desejo de fazer justiça vai além de uma busca pessoal, tornando-se uma missão quase filosófica de “corrigir” o mundo ao seu redor. Ele não é apenas um agente de violência, mas um mentor e um protetor, como no relacionamento com Miles (Ashton Sanders), um adolescente em situação de risco.

Início eletrizante

Logo no começo do filme, a eletricidade da ação se revela de forma inusitada: uma missão de resgate em um trem de alta velocidade na Turquia. McCall, calmamente, salva uma criança sequestrada, uma sequência que já estabelece o tom do filme: ação de alto impacto, mas com uma intensidade emocional por trás.

Essa abertura eletrizante prepara o terreno para o que vem a seguir, misturando cenas de ação com reflexões mais profundas sobre o propósito de McCall. A agilidade do filme, juntamente com o estilo visual de Fuqua, mantém o espectador atento, mas é preciso mais que apenas uma visão superficial para perceber as camadas do enredo.

Protetor no mundo moderno

McCall assume uma nova identidade: um driver de aplicativo. Essa mudança traz uma nova dinâmica ao personagem, ao mesmo tempo em que o torna mais acessível e, paradoxalmente, mais enigmático. A relação com Miles, por exemplo, exemplifica sua tentativa de exercício prático em um mundo que, muitas vezes, parece não ter espaço para ela.

A habilidade de McCall de se infiltrar nas situações cotidianas e corrigir injustiças menores, como abuso doméstico ou exploração infantil, faz com que sua presença como herói se torne mais tangível, mas sem perder a aura misteriosa. No entanto, a falta de respostas claras sobre o personagem, que continua cercada de dúvidas, torna o filme intrigante, mas não completamente esclarecedor.

Tensão entre mentoria e execução

Uma das características mais marcantes de O Protetor 2 é a tensão entre as duas facetas de McCall: o mentor e o executor. Ele oscila constantemente entre seu papel de figura paternal e sua natureza letal, o que traz uma riqueza à história e cria uma tensão palpável. A atuação de Washington é fundamental para transmitir essa complexidade.

Em muitos momentos, o filme consegue transmitir a angústia e os dilemas internos de McCall, mas o roteiro, por vezes, deixa esses aspectos mais profundos sem a explicação devida. Isso cria uma ambiguidade sobre quem McCall realmente é, o que intensifica o enigma em torno do personagem, mas também pode frustrar o espectador que busca respostas mais concretas.

Ação e reflexão

Embora o filme tente equilibrar ação frenética com momentos de introspecção, a balança nem sempre se mantém estável. Em algumas cenas, como o clímax em meio a um furacão, a ação se torna exagerada, criando um contraste com a tranquilidade e profundidade das interações pessoais de McCall.

Isso pode fazer com que a narrativa perca a força emocional que poderia ter, principalmente quando o filme foca demais nos aspectos visuais e na ação. O risco do exagero, por mais impressionante que seja, é que ele distraia a verdadeira essência do personagem e de suas batalhas internas.

Trilha sonora e a direção de Fuqua

Antoine Fuqua, o diretor do filme, mantém sua marca registrada com uma direção visualmente poderosa e uma narrativa que joga constantemente com o ritmo da ação e a introspecção.

A trilha sonora complementa perfeitamente o tom do filme, elevando as cenas de tensão e ação, mas também dando espaço para momentos de silêncio e reflexão. A direção de Fuqua não deixa a desejar, mas ainda fica aquim de outras colaborações entre ele e Washington, como o aclamado Dia de Treinamento. Em O Protetor 2, Fuqua consegue capturar a essência de McCall, mas talvez de forma mais superficial do que poderia ter feito.

Falta de respostas

Um dos maiores pontos críticos do filme é a falta de respostas claras. McCall, por mais que seja um personagem multifacetado, continua sendo uma figura enigmática, sem que o filme ofereça uma explicação sobre suas motivações ou garantia sobre o seu futuro.

Esse enigma é interessante, mas deixa o filme com uma sensação de incompletude, o que, por um lado, provoca a curiosidade do espectador, mas, por outro, pode gerar frustração. O filme, ao tentar explorar diversas camadas do personagem, acaba deixando algumas questões essenciais sem resolução.

Leticia Florenço

Leticia Florenço

Filha da Terra da Luz, jornalista pela Universidade de Fortaleza (Unifor).

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