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Essa foi a última vez que toda a humanidade estava na Terra

Por Leticia Florenço
16/05/2025
Em Colunas, Mais Tendências
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Planeta Terra - Reprodução/Unsplash

Planeta Terra - Reprodução/Unsplash

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No dia 31 de outubro do ano 2000, um evento discreto, porém revolucionário, marcou o fim de uma era: pela última vez na história, toda a humanidade estava confinada ao planeta Terra.

Não houve grandes celebrações ou manchetes globais. No entanto, aquele momento simbolizou a transformação da espécie humana, de um ser exclusivamente terrestre para uma espécie espacial, presente além dos limites do nosso planeta natal.

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Desde aquela terça-feira fatídica, a Terra nunca mais esteve sozinha. Humanos passaram a viver permanentemente fora dela, mesmo que em número reduzido e em ambientes isolados, como a Estação Espacial Internacional (ISS).

Conquista da órbita

O marco inicial dessa nova era espacial foi o lançamento da Expedição 1 à ISS, em 31 de outubro de 2000, a partir do Cosmódromo de Baikonur, no Cazaquistão.

A bordo da nave Soyuz, estavam três astronautas pioneiros: o comandante americano Bill Shepherd e os cosmonautas russos Sergei Krikalev e Yuri Gidzenko. Eles foram os primeiros a habitar a Estação Espacial Internacional, que na época ainda estava em construção, composta por apenas alguns módulos básicos.

Essa missão inaugurou uma presença humana contínua no espaço, que se estenderia por mais de duas décadas, representando um esforço internacional de colaboração, pesquisa científica e avanço tecnológico sem precedentes.

Estação Espacial Internacional

A ISS é muito mais do que um posto avançado da humanidade no espaço. Ela é o maior laboratório científico orbital já construído, fruto da união de cinco agências espaciais: NASA (Estados Unidos), Roscosmos (Rússia), ESA (Europa), JAXA (Japão) e CSA (Canadá).

Essa colaboração internacional, mesmo em tempos de tensões políticas na Terra, representa um compromisso conjunto com a exploração científica e o futuro da humanidade.

Ao longo de 24 anos, a ISS orbitou a Terra aproximadamente 420 mil vezes, a uma velocidade média de quase 28 mil km/h, completando uma volta a cada 90 minutos.

Seu volume habitável ultrapassou o espaço de uma casa de tamanho considerável, onde uma média de sete astronautas viveu e trabalhou simultaneamente, realizando milhares de experimentos em microgravidade, que vão da biologia à física fundamental, contribuindo para o avanço do conhecimento humano.

Futuro incerto da ISS e a transição para uma nova era

Com o passar dos anos, a ISS começou a mostrar sinais de envelhecimento: vazamentos, desgaste estrutural e a necessidade crescente de manutenção. Os parceiros do projeto definiram 2030 como o ano para o encerramento das operações da estação, preparando sua reentrada controlada na atmosfera terrestre para evitar riscos.

Mas o fim da ISS não significará o fim da presença humana no espaço. Pelo contrário: a NASA e outras agências têm uma estratégia clara para passar a operar em um novo modelo, focado em parcerias comerciais e exploração do espaço profundo.

Empresas privadas, como SpaceX, Blue Origin, Axiom Space e outras, estão desenvolvendo suas próprias estações orbitais, com a expectativa de criar uma economia espacial sustentável, ampliando as oportunidades para ciência, turismo e negócios.

Ascensão da China no cenário espacial

Enquanto os Estados Unidos apostam na exploração lunar e marciana e na privatização da órbita baixa, a China se posiciona como um ator central da nova corrida espacial. Excluída da ISS, a China investiu pesado no desenvolvimento da estação Tiangong, que desde 2022 está continuamente habitada.

O projeto chinês prevê expansão e maior internacionalização, com acordos para a participação de outros países e treinamentos de astronautas estrangeiros. Isso sinaliza uma nova dinâmica geopolítica espacial, com múltiplos centros de poder orbital e cooperação além das fronteiras tradicionais.

Desafio dos detritos espaciais

Um dos maiores obstáculos para o futuro da presença humana na órbita terrestre são os detritos espaciais, ou “lixo espacial”. Milhões de fragmentos de satélites, foguetes e restos de colisões orbitam a Terra em altíssimas velocidades, representando um perigo constante para a segurança dos astronautas e equipamentos.

Gerenciar essa poluição orbital é essencial para garantir que as futuras gerações possam continuar vivendo e trabalhando no espaço com segurança. Isso inclui monitoramento rigoroso, remoção ativa de detritos e a implementação de políticas internacionais para prevenir a criação de novos resíduos.

Para que essa trajetória continue, será necessária não só tecnologia, mas colaboração internacional, responsabilidade ecológica espacial e uma visão coletiva para o futuro. A Terra sempre será nosso lar, mas, pela primeira vez, sabemos que não estamos mais limitados a ela.

Leticia Florenço

Leticia Florenço

Filha da Terra da Luz, jornalista pela Universidade de Fortaleza (Unifor).

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