O verão, com suas altas temperaturas e chuvas frequentes, proporciona o ambiente ideal para a proliferação do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, zika e chikungunya. O aumento expressivo dos casos em reforçou a necessidade de intensificar os cuidados preventivos, mas muitas pessoas ainda cometem erros ao tentar evitar a doença.
Erros contra a dengue
- Não reaplicar o repelente ao longo do dia: O repelente, assim como o protetor solar, não mantém sua eficácia por tempo ilimitado e precisa ser reaplicado conforme o princípio ativo presente na fórmula. Produtos à base de icaridina oferecem proteção por cerca de 10 horas, enquanto aqueles com IR3535 e DEET têm um tempo de ação mais curto, de aproximadamente duas horas.
- Aplicar o repelente antes do filtro solar: O correto é passar primeiro o protetor solar, aguardar entre 20 e 30 minutos e só então aplicar o repelente.
- Não usar roupas compridas para evitar picadas: Apesar do calor, peças de manga longa e calças são formas eficazes de proteção, especialmente para crianças. Prefira tecidos leves e respiráveis, como a poliamida.
- Aplicar o repelente apenas nas áreas expostas do corpo: O ideal é também passá-lo sobre as roupas para garantir uma proteção mais completa.
- Acreditar que a dengue é uma doença exclusiva do verão: A doença é endêmica no Brasil e pode ocorrer o ano todo, pois as pessoas viajam para locais com criadouros do mosquito, mantendo o ciclo de transmissão.
- Pensar que o Aedes aegypti só se prolifera em água limpa e parada: A fêmea do mosquito pode depositar ovos em água suja com areia, folhas e detritos. O fator determinante para a reprodução é a água estar parada.
- Não investir no uso de telas mosquiteiras: Apesar de serem uma medida eficaz para impedir a entrada de mosquitos em casa, seu uso ainda é pouco disseminado no Brasil.
- Confiar em soluções caseiras para afastar o mosquito: Produtos como citronela e cravo têm efeito limitado, funcionando apenas em ambientes pequenos e sem ventilação, não sendo uma solução eficaz.
- Acreditar que a ingestão de vitamina B12 evita picadas: Estudos não comprovaram essa eficácia, e a dose necessária para surtir efeito seria tão alta que tornaria a prática inviável