Nesta terça-feira, 29, o iFood anunciou um reajuste na remuneração dos seus entregadores, incluindo um aumento no valor mínimo pago por trajeto. As entregas feitas de bicicleta passaram de R$ 6,50 para R$ 7,00, um aumento de 7,7%. Já os motociclistas tiveram um reajuste de 15,4%, passando de R$ 6,50 para R$ 7,50.
Além da taxa mínima, os entregadores continuam recebendo valores adicionais por cada entrega extra realizada na mesma rota e por quilômetro percorrido.
Reivindicações da categoria não foram atendidas
Segundo o presidente do Sindimoto-SP (Sindicato dos Motoboys de São Paulo), Gil Almeida, essa é a primeira vez que a remuneração é reajustada em quatro anos. Para os ciclistas, houve uma padronização dos trajetos, que agora devem ter, em média, quatro quilômetros.
Apesar dos anúncios, as mudanças ainda estão abaixo das exigências feitas pelos entregadores em um protesto realizado no fim de março. Na ocasião, a categoria reivindicava uma taxa mínima de R$ 10,00 por entrega e a limitação das rotas de bicicleta a no máximo 3 km por pedido.
Ampliação de benefícios em saúde e proteção
O iFood também anunciou melhorias na cobertura de saúde dos entregadores. A cobertura de Incapacidade Temporária (DIT), em caso de acidentes, foi ampliada de 7 para 30 dias. O plano oferece reembolso ou cobertura total das despesas médicas e hospitalares, desde que em rede credenciada.
Em casos de morte ou invalidez por acidente, a empresa definiu uma indenização de R$ 120 mil, incluindo auxílio funeral, apoio emocional e financeiro à família e ajuda para a educação dos filhos até os 18 anos. No entanto, os detalhes sobre como será prestado esse apoio não foram especificados.
Mulheres entregadoras também passam a contar com benefícios exclusivos, como um valor anual para bem-estar e autocuidado, licença para cuidados com filhos, assistência em caso de diagnóstico de câncer de mama ou útero, e apoio à gestação. O valor exato dessas ajudas não foi informado.