Com o avançar da idade, o corpo humano sofre alterações visíveis, como a pele ficando mais flácida, os cabelos perdendo a cor e a musculatura enfraquecendo. Essas mudanças, juntamente com a redução da eficácia dos órgãos, fazem parte do processo natural de envelhecimento.
Entretanto, quando ocorre uma deterioração constante e gradual das funções cognitivas, como a memória e a habilidade de resolver problemas, isso pode indicar demência. Embora o termo seja muitas vezes relacionado ao Alzheimer, ele se refere a um conjunto de condições, sendo o Alzheimer a forma mais prevalente, responsável por 60% a 70% dos casos.
Demência e Alzheimer
No Brasil, aproximadamente 8,5% da população com mais de 60 anos vive com demência, o que equivale a cerca de 2,7 milhões de pessoas. Esse número deve aumentar com o envelhecimento da população, podendo atingir 5,6 milhões até 2050.
As demências comprometem a memória, a comunicação e as atividades cotidianas, como comer e se vestir. Há diferentes tipos, incluindo a vascular, frontotemporal, por corpos de Lewy e a afasia progressiva primária.
A doença de Alzheimer, a forma mais frequente de demência, impacta principalmente a memória de curto prazo, com sinais iniciais como esquecimentos e falta de interesse. À medida que avança, tarefas cotidianas tornam-se desafiadoras, e a pessoa passa a precisar de assistência. O diagnóstico é realizado por meio de avaliações cognitivas e exames específicos.
Prevenção e atenção
Embora não haja cura para as demências, é possível reduzir a incidência de muitos casos adotando hábitos saudáveis, como a prática de atividades físicas regulares, o controle da pressão arterial e a abstinência de tabaco. A OMS estima que até 45% dos casos podem ser prevenidos ou adiados com essas ações.
Se você ou alguém próximo está enfrentando problemas de memória ou outros sinais, é importante procurar um médico. Algumas causas desses sintomas, como efeitos colaterais de medicamentos ou deficiências vitamínicas, podem ser tratadas e revertidas.