A procura por tratamentos eficientes contra a queda de cabelo tem reacendido o interesse pelo Minoxidil, um medicamento já consagrado. Inicialmente popular na década de 1990 como solução tópica, ele vem ganhando espaço na versão oral de baixa dosagem, tornando-se uma opção mais prática para quem deseja preservar ou estimular o crescimento capilar.
Desenvolvido nos anos 1970 para hipertensão, o Minoxidil despertou interesse quando pacientes notaram crescimento capilar. Isso levou à criação do Rogaine, aprovado pela FDA em 1988 como o primeiro tratamento tópico para calvície masculina. Anos depois, uma versão de menor dosagem foi liberada para mulheres e amplamente promovida na mídia.
Versão oral do Minoxidil
Apesar de popular por décadas, a versão líquida do Minoxidil é de difícil adesão, pois exige aplicação diária, o que leva muitos pacientes a abandonarem o tratamento. Já os comprimidos se mostraram mais práticos, bastando uma dose diária para estimular o fluxo sanguíneo no couro cabeludo e prolongar o crescimento dos fios. Estudos indicam que a versão oral pode ser tão eficaz, ou até superior, à tópica, devido à melhor absorção pelo organismo.
Mesmo com a crescente adesão, o Minoxidil oral não tem aprovação da FDA para tratar calvície, pois sua patente expirou e o custo baixo desestimula novos estudos clínicos. Assim, dermatologistas o prescrevem “off-label”, prática comum para diversos tratamentos.
As doses são baixas para minimizar efeitos colaterais como tontura e taquicardia, sendo recomendadas frações do comprimido. No entanto, o medicamento não é indicado para gestantes, lactantes ou pessoas com problemas cardíacos.
Tratamento para os cabelos
A popularização do Minoxidil oral também foi impulsionada pela telemedicina, com empresas como Hims e Ro oferecendo consultas rápidas e entrega direta dos comprimidos. Embora isso facilite o acesso ao tratamento, dermatologistas alertam que a consulta presencial é mais segura, permitindo uma avaliação mais detalhada da saúde do paciente.
Além do Minoxidil, a única medicação aprovada pela FDA para calvície é a finasterida, que bloqueia um subproduto da testosterona responsável pela queda de cabelo. Apesar de ser mais eficaz, pode causar efeitos colaterais como disfunção erétil, levando alguns médicos a combiná-la com o Minoxidil para melhores resultados.