A dengue e a febre amarela apresentam sintomas parecidos, o que pode tornar o diagnóstico desafiador. No momento, os exames para identificar essas doenças estão disponíveis exclusivamente em unidades de saúde, como hospitais, clínicas e farmácias. Diante da semelhança dos sinais clínicos, especialistas ressaltam a importância de procurar um médico para uma avaliação correta.
Em suas formas mais graves, a febre amarela pode atingir uma taxa de letalidade de até 50%, enquanto a dengue, embora cause grande mal-estar, tende a ser menos fatal. Se alguém apresentar febre após visitar áreas de mata, é fundamental buscar atendimento médico para avaliar a possibilidade de infecção por febre amarela.
Dengue e febre amarela
Os testes para dengue são mais acessíveis e facilmente encontrados, inclusive no sistema público de saúde. Por outro lado, a detecção da febre amarela é mais limitada, sendo feita principalmente em laboratórios de referência do SUS, como o Instituto Adolfo Lutz e os Lacen (Laboratórios Centrais de Saúde Pública).
Como a febre amarela é uma doença de notificação obrigatória, qualquer caso suspeito ou confirmado precisa ser reportado às autoridades de saúde. Nos laboratórios privados, os testes para a doença são menos frequentes e geralmente disponíveis apenas em unidades especializadas.
A dengue se manifesta com febre alta, dores no corpo e na cabeça, manchas avermelhadas na pele, fadiga, desconforto nos olhos, falta de apetite e dor abdominal. Já a febre amarela pode comprometer o fígado, resultando em icterícia (coloração amarelada da pele), além de febre, forte dor de cabeça, náuseas, dores musculares, vômito com sangue e redução do volume urinário.
Prevenção
A vacinação é a medida mais eficaz para prevenir ambas as doenças. A imunização contra a febre amarela é oferecida gratuitamente nos postos de saúde em dose única, proporcionando proteção para toda a vida. Ela é especialmente indicada para quem pretende viajar para áreas de risco, devendo ser administrada com pelo menos 10 dias de antecedência.
Já a vacina contra a dengue, no sistema público, está disponível apenas para crianças e adolescentes de 10 a 14 anos. Na rede privada, embora acessível a outras faixas etárias, enfrenta escassez em diversas regiões.
Além da vacinação, é importante adotar outras formas de prevenção, como aplicar repelente para evitar picadas de mosquitos, usar roupas de manga longa e calças em regiões de mata e eliminar recipientes com água parada, impedindo a reprodução do Aedes aegypti.