O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) emitiu um alerta urgente aos consumidores brasileiros sobre a proibição de dois lotes de azeite de oliva que apresentaram irregularidades em sua composição.
A decisão foi tomada após análises laboratoriais constatarem a presença de óleos vegetais não declarados, o que configura fraude e descumprimento das normas de qualidade estabelecidas pela legislação nacional.
A ação faz parte de uma fiscalização mais ampla para combater adulterações no setor de alimentos, especialmente no mercado de azeites, que frequentemente registra tentativas de fraude.
Além da proibição da comercialização, os estabelecimentos que mantiverem os produtos à venda podem ser responsabilizados.
Duas marcas de azeites são proibidas de serem consumidas com urgência
Os testes realizados pelos órgãos de fiscalização identificaram que os produtos, em vez de conterem exclusivamente azeite de oliva puro, estavam misturados a outros óleos vegetais, o que compromete sua qualidade e transparência com o consumidor.
Com isso, os produtos foram considerados impróprios para o consumo e tiveram seus lotes recolhidos pelo governo.
Em nota, o Ministério da Agricultura e Pecuária informou que as marcas afetadas pela medida são Doma e Azapa. Veja abaixo:

Juntas, elas tiveram mais de 30 mil litros de azeite retirados do mercado entre novembro e dezembro de 2024, além de um novo lote recolhido recentemente em um centro de distribuição em São Paulo.
Diante da decisão do governo, as empresas responsáveis pelos produtos se manifestaram.
A Domazzi Importadora, responsável pela marca Doma, declarou que foi surpreendida pelos resultados das análises e garantiu que não realiza qualquer tipo de alteração no produto importado.
A empresa informou que tomou providências imediatas para retirar os lotes afetados do mercado e que está investigando o caso junto ao fabricante chileno.
Já a Master ATS Supermercados, que comercializa o azeite da marca Azapa, afirmou que também não realiza manipulação do produto e que, assim que tomou conhecimento da irregularidade, determinou sua retirada das prateleiras.
A empresa informou que notificou o fabricante e aguarda esclarecimentos.
Como identificar e evitar azeites adulterados
Fraudes envolvendo azeite de oliva não são incomuns, e os consumidores devem estar atentos a alguns sinais que podem indicar adulteração. Especialistas recomendam:
- Verificar a procedência: Certificar-se de que a marca está registrada nos órgãos fiscalizadores e conferir se há registros de irregularidades anteriores.
- Observar o preço: Valores muito abaixo da média do mercado podem indicar a presença de misturas indevidas.
- Checar o rótulo: Informações detalhadas sobre a origem e composição do azeite são fundamentais para garantir a autenticidade do produto.
- Evitar compras a granel: Azeites vendidos sem embalagem original têm maior risco de adulteração.
Os consumidores que adquiriram os produtos proibidos podem solicitar troca ou reembolso nos estabelecimentos onde a compra foi realizada.
Além disso, denúncias sobre possíveis irregularidades podem ser feitas no canal oficial Fala.Br, contribuindo para uma fiscalização mais rigorosa e transparente.
Com medidas mais rígidas, espera-se que o mercado de azeites se torne mais confiável, garantindo a qualidade e a segurança alimentar dos consumidores brasileiros.