Para muitas pessoas, falar em público é uma experiência assustadora. O simples fato de se imaginar diante de uma plateia pode causar tremores, aceleração dos batimentos cardíacos e confusão mental. Essa reação, embora comum, pode ser amenizada com técnicas adequadas e prática constante.
Segundo especialistas, o nervosismo ao discursar está relacionado a fatores emocionais, psicológicos e até experiências negativas anteriores, como falhas em apresentações ou críticas severas. Além disso, transtornos como glossofobia (medo extremo de falar em público), ansiedade social e insegurança podem agravar a dificuldade de se expressar verbalmente.
Dicas
Em entrevista ao Diário de Petrópolis, o fonoaudiólogo e especialista em Comunicação e Oratória, Simon Wajntraub, ressalta a importância de vivenciar situações reais para superar o medo de falar em público. Para superar o medo de falar em público, o especialista recomenda:
- Treinamento adequado, que pode ajudar a desenvolver mais segurança na comunicação.
- Terapia comportamental, uma abordagem eficaz para lidar com a ansiedade e aprimorar habilidades de fala.
- Aulas de teatro, que auxiliam na expressão corporal e no controle do nervosismo.
- Cursos de oratória, para melhorar a dicção, a entonação e a clareza na comunicação.
- Técnicas práticas, como: gravar a própria voz para avaliar e aprimorar a fala; ler em voz alta para melhorar a articulação e o controle vocal; participar ativamente de reuniões para ganhar confiança ao se expressar.
- Estímulo à comunicação desde a infância, tanto em casa quanto na escola, para formar adultos mais confiantes e preparados para falar em público.
Ele enfatiza que, no cenário atual, a qualificação acadêmica, por si só, não é suficiente – a habilidade de se comunicar com clareza e segurança é indispensável. Por isso, defende que o desenvolvimento da comunicação deve ser incentivado desde cedo e aprimorado ao longo da vida.
Medo de falar em público
Para algumas pessoas, o medo de falar em público é tão intenso que chega a ser maior do que o receio da própria morte. Uma pesquisa do jornal britânico Sunday Times apontou que 41% dos entrevistados no Reino Unido acreditam que encarar uma plateia é uma experiência mais aterrorizante do que o próprio falecimento.
No Brasil, um estudo realizado pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) revelou que 60% dos estudantes enfrentam esse tipo de ansiedade. Essa insegurança pode afetar tanto a vida acadêmica quanto profissional, fazendo com que algumas pessoas recorram ao consumo de álcool ou ao uso de medicamentos para conseguir enfrentar apresentações.