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Diabetes tipo 2 deve ser rastreada a partir dos 35 anos

Por Leticia Florenço
14/05/2025
Em Colunas, Mais Tendências
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Diabete - Reprodução/Unsplash

Diabete - Reprodução/Unsplash

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A Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD) recentemente publicou uma atualização importante em suas diretrizes para o rastreamento e diagnóstico do diabetes tipo 2.

A nova recomendação, que foi publicada na revista científica Diabetology & Metabolic Syndrome em março deste ano, reflete uma série de mudanças nas práticas médicas que visam aumentar a detecção precoce dessa condição silenciosa e suas complicações associadas.

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A principal mudança envolve a redução da faixa etária de triagem, que passa a incluir todos os adultos a partir dos 35 anos, além de ajustes em alguns critérios de diagnóstico e uma ênfase na prevenção desde a infância e adolescência.

Redução da idade para início da triagem

Uma das principais alterações nas novas diretrizes é a redução da idade mínima para o rastreamento de diabetes tipo 2. Anteriormente, a triagem era indicada para adultos a partir dos 45 anos, agora passando a ser recomendada para todos os adultos a partir dos 35 anos, independentemente da presença de sintomas ou fatores de risco conhecidos.

Esta mudança visa identificar precocemente os casos de diabetes, antes que o paciente desenvolva complicações associadas à doença, como problemas cardiovasculares, que podem começar a surgir mesmo com níveis discretos de glicose elevados.

Além disso, para pessoas com menos de 35 anos, o rastreamento também se aplica aos que possuem sobrepeso ou obesidade, desde que associados a outros fatores de risco, como histórico familiar de diabetes tipo 2, hipertensão, níveis elevados de triglicerídeos, entre outros.

Inclusão do rastreamento em crianças e adolescentes

Outro ponto importante das novas diretrizes é a inclusão de crianças e adolescentes assintomáticos, especialmente aqueles com sobrepeso ou obesidade, no grupo de risco para o diabetes tipo 2.

O rastreamento nestes casos deve ser iniciado a partir dos 10 anos de idade ou após o início da puberdade, o que ocorrer primeiro, caso apresentem pelo menos um fator de risco adicional. Fatores como a presença de diabetes gestacional na mãe são levados em consideração, assim como a síndrome dos ovários policísticos e o sedentarismo.

Exames para diagnóstico

As novas diretrizes mantêm os exames de glicemia de jejum e hemoglobina glicada (A1c) como os principais métodos de triagem para o diabetes tipo 2. Ambos os testes devem ser realizados em conjunto para confirmação diagnóstica.

Se os resultados da glicemia de jejum forem iguais ou superiores a 126 mg/dl, ou se a hemoglobina glicada estiver acima de 6,5%, o diagnóstico de diabetes é confirmado, sem a necessidade de exames adicionais.

No entanto, se apenas um dos exames apresentar alteração, é necessário repetir os testes para confirmar o diagnóstico. Para os casos onde os níveis de glicose não são suficientemente elevados para indicar diabetes, mas ainda estão fora da faixa normal, recomenda-se a realização do Teste de Tolerância à Glicose Oral (TTGO), agora com um novo protocolo.

Mudança no protocolo do Teste de Tolerância à Glicose Oral (TTGO)

O TTGO, tradicionalmente realizado com uma coleta de sangue duas horas após a ingestão de glicose, agora será feito uma hora após a ingestão, o que proporciona uma detecção mais rápida e precoce de casos de pré-diabetes. Essa mudança tem como objetivo facilitar o acesso ao exame, especialmente em centros de diagnóstico, uma vez que o teste se torna mais simples e menos custoso.

Além disso, esse protocolo de uma hora tem a capacidade de identificar precocemente casos de pré-diabetes, aumentando em até 40% a detecção de indivíduos em risco de desenvolver a doença.

Isso é fundamental, pois, mesmo antes do diagnóstico de diabetes, níveis elevados de glicose já podem desencadear processos inflamatórios que favorecem o desenvolvimento de aterosclerose, aumentando o risco de infarto e acidente vascular cerebral (AVC).

Orientação para profissionais de saúde

Outra novidade das novas diretrizes é a criação de um fluxograma clínico que orienta os profissionais de saúde sobre como conduzir o rastreamento de forma prática e eficiente.

Este material foi desenvolvido com base em evidências científicas, com o intuito de facilitar o diagnóstico precoce em diferentes contextos do sistema de saúde, garantindo que os médicos possam agir de forma segura e no tempo certo, otimizando os recursos disponíveis.

Crescimento do diabetes tipo 2 no Brasil e no mundo

A atualização das diretrizes ocorre em um momento crítico, diante do aumento global do diabetes tipo 2. A 11ª edição do Atlas da Federação Internacional de Diabetes (IDF) estima que cerca de 589 milhões de adultos entre 20 e 79 anos vivam com a doença no mundo.

No Brasil, a SBD estima que aproximadamente 20 milhões de pessoas convivam com o diabetes tipo 2, representando cerca de 10,2% da população. Esse cenário torna ainda mais urgente a implementação de estratégias de rastreamento e diagnóstico precoce.

Ao antecipar o início da triagem para os 35 anos e ampliar os critérios de rastreamento para diferentes faixas etárias e perfis clínicos, a SBD demonstra um compromisso com a prevenção, o diagnóstico precoce e a saúde pública.

Leticia Florenço

Leticia Florenço

Filha da Terra da Luz, jornalista pela Universidade de Fortaleza (Unifor).

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