A sonolência diurna excessiva (SDE) atinge cerca de 20% das pessoas globalmente, conforme dados da Fundação Nacional do Sono dos Estados Unidos. Essa condição se manifesta pela sensação contínua de cansaço durante o dia, mesmo após uma noite de descanso aparentemente satisfatória.
Mais do que um cansaço comum, a SDE prejudica a concentração, a atenção e o desempenho em tarefas do cotidiano, como dirigir, manusear máquinas ou realizar estudos, elevando o risco de acidentes e afetando negativamente a qualidade de vida.
Causas e efeitos do sono excessivo
As causas da SDE incluem:
- Privação crônica, associada a: longas jornadas de trabalho; uso excessivo de dispositivos eletrônicos à noite; horários irregulares de repouso
- Distúrbios, como: apneia obstrutiva do sono; insônia; narcolepsia
- Condições médicas, tais como: hipotireoidismo; anemia; refluxo gastroesofágico
- Uso de medicamentos, incluindo: antidepressivos; ansiolíticos; anti-histamínicos
Os efeitos da SDE ultrapassam o simples desconforto. A condição afeta os reflexos e a habilidade para tomar decisões, aumentando consideravelmente o risco de acidentes, especialmente no trânsito.
Estudos indicam que até 30% dos acidentes de veículos podem estar ligados à privação de repouso adequado ao volante. Além disso, a SDE está associada a problemas de saúde crônicos, como hipertensão, diabetes tipo 2, obesidade, transtornos psiquiátricos e declínio das funções cognitivas.
Diagnóstico e tratamento
O diagnóstico da SDE requer avaliação por profissionais especializados. Procedimentos como a polissonografia, que registra diversas funções corporais durante o repouso, e a aplicação da escala de sonolência de Epworth são essenciais para determinar a intensidade e a origem do problema.
O tratamento depende da causa identificada e pode envolver modificações no estilo de vida, como aprimorar a higiene do sono, regular os horários e reduzir o consumo de álcool. Em casos específicos, pode ser indicado o uso de dispositivos como o CPAP para tratar a apneia, além de medicamentos e intervenções terapêuticas, incluindo a terapia cognitivo-comportamental.