A camada de ozônio pode estar a caminho de uma recuperação completa até 2035. Isso porque, segundo um estudo recente do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) indicou que os esforços internacionais para eliminar substâncias químicas prejudiciais estão dando resultados concretos.
Com isso, a recuperação da camada de ozônio é um reflexo direto da implementação do Protocolo de Montreal, assinado em 1987. Esse tratado internacional eliminou progressivamente a produção e o uso de clorofluorcarbonetos (CFCs), compostos presentes em aerossóis e equipamentos de refrigeração, que eram os principais responsáveis pela destruição da camada.
Em 2024, o buraco na camada de ozônio apresentou a menor concentração registrada desde a adoção dessas medidas: 109 unidades Dobson em outubro, um avanço significativo em comparação aos níveis de 1979, quando a concentração era de 225 unidades.
Vale mencionar que relatórios da ONU previram inicialmente a recuperação total até 2050, mas previsões recentes apontam para um cenário mais otimista, com a reversão completa ocorrendo até 2035.
Monitoramento camada de ozônio
A recuperação da camada de ozônio não significa que o problema está completamente resolvido. Isso porque fatores como poluição e emissões industriais ainda podem afetar negativamente sua estrutura.
O monitoramento contínuo é essencial, e instituições como a NASA e a NOAA utilizam satélites especializados, como Aura, NOAA-20 e Suomi NPP, além de balões meteorológicos para acompanhar as condições atmosféricas.
Outro detalhe importante é que, apesar da redução da presença de CFCs, outras substâncias também representam riscos para a atmosfera. Pesquisadores alertam para o impacto de compostos alternativos utilizados na indústria, como os hidrofluorocarbonetos (HFCs), que não destroem a camada de ozônio, mas contribuem para o aquecimento global.
Dessa forma, a expectativa é que a ciência e as políticas ambientais continuem avançando para garantir não apenas a recuperação total da camada de ozônio, mas também a proteção do planeta contra novas ameaças ambientais.
Sendo assim, especialistas reforçam que o comprometimento global deve continuar, garantindo um futuro sustentável para as próximas gerações.