A seleção das referências teóricas, ou revisão de literatura, representa um passo crucial na construção de uma pesquisa científica. É essa etapa que permite ao pesquisador reunir fundamentos sólidos, entender como o tema vem sendo tratado por outros estudiosos e integrar seu trabalho ao conhecimento já existente. A partir dessa análise, é possível sustentar argumentos, justificar escolhas metodológicas e aprofundar a discussão dos resultados obtidos.
A relevância e a confiabilidade das fontes utilizadas impactam diretamente a qualidade do estudo. Por isso, recomenda-se priorizar publicações reconhecidas, como aquelas classificadas com Qualis A ou presentes no Academic Journal Guide (ABS). Para encontrar esses materiais de forma eficiente, é essencial recorrer a sites especializadas.
Sites chave para pesquisa
- Google Acadêmico: Gratuito e de fácil acesso. Reúne trabalhos acadêmicos de diversas áreas do conhecimento. Permite buscar por período de publicação e citações.
- Spell (Scientific Periodicals Electronic Library): Plataforma gratuita focada em Ciências Sociais Aplicadas. Oferece periódicos brasileiros com diferentes tipos de documentos: artigos, resenhas, editoriais, entre outros.
- SciELO (Scientific Electronic Library Online): Reúne periódicos científicos da América Latina, Caribe, Portugal e Espanha. Priorização da qualidade editorial e científica dos conteúdos. Permite buscas em seções específicas dos textos, como título e resumo.
- Web of Science: Uma das maiores bases de dados internacionais. Abrange periódicos de alto impacto, anais de conferências, livros e patentes. Acesso geralmente via instituições acadêmicas por assinatura. Ferramenta essencial para análise e avaliação da produção científica global.
Tipos de referência
As referências em uma pesquisa podem ser divididas em dois tipos: acadêmicas e cinzentas. As primeiras incluem artigos, teses e dissertações revisados por pares, o que garante maior rigor científico — por isso, são as mais recomendadas. Já a literatura cinzenta, composta por livros, blogs, sites e publicações institucionais, pode ser útil, mas carece da mesma validação.
É essencial também considerar a atualidade das fontes. Recomenda-se o uso de materiais publicados nos últimos três anos para manter a pesquisa alinhada ao contexto atual. No entanto, obras clássicas e estudos seminais continuam sendo válidos, principalmente quando oferecem bases teóricas consolidadas.