O Dia das Mães, celebrado neste ano em 11 de maio, é uma das datas mais emocionantes do calendário em diversos países, inclusive no Brasil. Todos os anos, milhões de pessoas prestam homenagens às suas mães com flores, cartões, presentes e longas conversas por telefone.
Só no ano passado, segundo a empresa de telecomunicações Verizon, os consumidores norte-americanos usaram suas redes para fazer 5,6% mais ligações no Dia das Mães do que no Dia dos Pais, somando cerca de 137,5 milhões de minutos a mais — o equivalente a 2,3 milhões de horas em chamadas.
Curiosidades sobre a criação da data
Embora o Dia das Mães tenha se consolidado como uma data popular e emocionalmente marcante, sua origem é bastante pessoal. A idealizadora foi Anna Jarvis, da Virgínia Ocidental (EUA), que se inspirou na mãe, Ann Jarvis — organizadora de Clubes de Trabalho Materno durante a Guerra Civil, dedicados ao cuidado de soldados de ambos os lados e à promoção da reconciliação entre famílias do Norte e do Sul.
Após a morte de Ann, em 1907, Anna promoveu uma reunião em sua homenagem e, no ano seguinte, realizou as primeiras celebrações formais em Grafton e na Filadélfia. O segundo domingo de maio foi escolhido por marcar o falecimento da mãe, e Anna distribuiu 500 cravos brancos na igreja local — flor que se tornaria símbolo da data, com cravos vermelhos representando mães vivas e brancos, falecidas.
Com o tempo, no entanto, Anna se voltou contra a própria criação. Indignada com a crescente comercialização do feriado, denunciou publicamente o desvirtuamento da data e criticou até mesmo a primeira-dama Eleanor Roosevelt, por usá-la como campanha de arrecadação. Sua militância chegou ao ponto de ser presa ao protestar contra uma convenção de mães veteranas de guerra.
Dia das Mães no Brasil
Com o passar dos anos, a celebração do Dia das Mães ultrapassou as fronteiras dos Estados Unidos e chegou ao Brasil por iniciativa da Associação Cristã de Moços do Rio Grande do Sul. A primeira comemoração no país ocorreu em 12 de maio de 1918, em Porto Alegre, organizada por Frank Long, secretário-geral da entidade na época.
Somente em 1932 a data foi oficializada em âmbito nacional, após um pedido da Federação Brasileira pelo Progresso Feminino ao então presidente Getúlio Vargas — um reflexo do engajamento de mulheres que lutavam por mais reconhecimento social e político.