Ingressar na carreira de astronauta é um desafio extremamente competitivo, que demanda uma base acadêmica robusta, experiência prática e competências específicas. O caminho inicial passa pela graduação em campos como ciências, tecnologia, engenharia, matemática, medicina ou biologia.
Para candidatar-se à Nasa, é necessário possuir ao menos um mestrado em disciplinas técnicas de STEM (sigla em inglês para ciências, tecnologia, engenharias e matemática) ou estar avançado em um doutorado reconhecido nessas áreas. Áreas como enfermagem, tecnologia aplicada ou ciências sociais não atendem aos critérios exigidos pela agência.
Requisitos da NASA para ser astronauta
- Experiência profissional: Mínimo de 2 anos de atuação progressiva em área técnica ou acadêmica. Pilotos: pelo menos 1.000 horas de voo como comandante, sendo 850 em jatos de alto desempenho. Testadores de voo: conclusão de escola reconhecida de pilotos de teste e 3 anos de experiência técnica relacionada.
- Habilidades complementares: Fluência em idiomas estrangeiros; conhecimento em pilotagem de aeronaves; técnicas de mergulho; técnicas de sobrevivência; experiência ou histórico militar (diferencial positivo).
- Exigências físicas e psicológicas: Excelente saúde física; estabilidade emocional e psicológica; capacidade de suportar ambientes extremos e confinamento prolongado.
- Treinamento prático obrigatório: Simulações em microgravidade; operação de equipamentos espaciais; adaptação ao confinamento e rotinas da vida espacial; treinamento em situações críticas e emergenciais.
- Reconhecimento de diplomas internacionais: Formações obtidas fora do país são aceitas, desde que comprovada a equivalência oficial ao currículo exigido.
Para os brasileiros
O Brasil não possui um programa próprio de formação de astronautas. Para seguir essa carreira, é necessário ser selecionado por agências espaciais estrangeiras, como a Nasa (EUA), ESA (Europa), JAXA (Japão) ou Roscosmos (Rússia), cujos processos geralmente priorizam cidadãos de seus países-membros.
Apesar disso, brasileiros podem concorrer por meio de naturalização ou por acordos internacionais de cooperação. A jornada rumo ao espaço é longa e exigente, reservada a profissionais com destacada formação acadêmica, excelente condicionamento físico e ampla experiência técnica.