Nos últimos tempos, surgiram discussões interessantes nas redes sociais sobre a relação dos jovens com o trabalho formal, especialmente com o modelo CLT. Isso porque quem trabalha com crianças e adolescentes tem percebido uma mudança significativa no comportamento deles em relação ao trabalho.
Se, antes, o adolescente de hoje sonhava com o emprego tradicional, com carteira assinada e salário mínimo, hoje muitos estão rejeitando essa ideia.
Isso acontece, em grande parte, devido aos memes que circulam nas redes sociais, que têm popularizado a ideia de que ser CLT significa trabalhar demais e ganhar pouco. Esse conceito, espalhado principalmente nas plataformas digitais, cria uma imagem negativa do modelo de emprego formal.
Muitos adolescentes, especialmente da Geração Z, têm se distanciado dessa realidade, achando que as alternativas mais flexíveis e inovadoras de trabalho são mais atraentes.
É importante mencionar que a Geração Z, composta por pessoas nascidas entre 1995 e 2010, está se aproximando do mercado de trabalho e trazendo uma nova perspectiva sobre carreira e emprego.
Diferente das gerações anteriores, que viam o trabalho CLT como um objetivo a ser alcançado, essa nova geração está mais disposta a explorar alternativas como trabalhos autônomos, empreendendo ou atuando em funções digitais.
Geração Z e o modelo CLT
Outro detalhe importante é que a Geração Z, sendo a primeira a crescer com a internet e a revolução tecnológica, tem uma abordagem totalmente diferente quando se trata de trabalho. Eles são conhecidos por sua habilidade com tecnologia, inovação e por buscarem soluções mais rápidas e eficientes.
Além disso, a valorização do tempo livre e a busca por um equilíbrio entre vida pessoal e profissional são fatores que influenciam essa rejeição ao modelo CLT.
Para eles, o conceito de trabalho tradicional parece engessado. O estudo de comportamentos de jovens, conduzido por consultorias como McKinsey e Box1824, revela que esses jovens têm um desejo de flexibilidade e autonomia, preferindo empregos que ofereçam mais liberdade e que estejam mais alinhados com suas habilidades digitais.
Isso porque, ao contrário das gerações anteriores, os jovens de hoje estão muito mais conectados e têm acesso a uma variedade de opções de trabalho que vão além da CLT.