Mais Tendências - Tribuna de Minas
  • Cidade
  • Contato
  • Região
  • Política
  • Economia
  • Esportes
  • Cultura
  • Empregos
Mais Tendências - Tribuna de Minas
Sem resultados
Ver todos os resultados
Mais Tendências - Tribuna de Minas
Sem resultados
Ver todos os resultados
Home Colunas Mais Tendências

Conheça o marinheiro que foi abandonado para morrer em uma ilha

Por Jeferson da Rosa
31/05/2025
Em Mais Tendências, Colunas
0
Conheça o marinheiro que foi abandonado para morrer em uma ilha - Imagem: Pixabay

Conheça o marinheiro que foi abandonado para morrer em uma ilha - Imagem: Pixabay

Share on FacebookShare on Twitter

Ao longo da história, pessoas LGBTQIA+ das mais variadas profissões, inclusive marinheiros, enfrentaram perseguições que muitas vezes ultrapassaram os limites da crueldade.

Um dos casos mais impactantes — e menos conhecidos — remonta ao século 18, quando um marinheiro holandês foi deliberadamente deixado para morrer em uma ilha remota no meio do Atlântico, punido por sua orientação sexual.

A história, esquecida por séculos, ressurgiu graças ao trabalho de historiadores que se dedicaram a reconstruir esse trágico episódio.

Conheça o marinheiro que foi abandonado para morrer em uma ilha

O nome do marinheiro era Leendert Hasenbosch. Nascido em Haia, em 1695, ele serviu por anos à poderosa Companhia Holandesa das Índias Orientais, a VOC.

O jovem iniciou sua carreira como soldado e posteriormente se tornou contador — um cargo de confiança dentro da organização. Em 1724, ele embarcou em uma jornada de retorno à Europa, mas nunca chegou ao destino final.

Durante a travessia, foi acusado de sodomia, uma ofensa considerada gravíssima à época, e por isso recebeu uma sentença incomum: foi exilado vivo na Ilha de Ascensão, localizada entre a África e a América do Sul, um território árido e praticamente inabitável.

Hasenbosch foi deixado com poucos recursos — uma barraca, uma bíblia, algumas sementes e quase nenhuma água.

Em desespero, manteve um diário onde relatava sua luta diária por sobrevivência, registrando suas tentativas de cultivar alimentos, a solidão extrema e até a busca por conforto em um pássaro que tentou domesticar.

Aos poucos, a escassez de água e comida o levou a medidas desesperadas, como beber sua própria urina e o sangue de tartarugas. Suas anotações cessam em outubro de 1725. Ele provavelmente morreu pouco tempo depois.

História do marinheiro passa a ser contada da maneira correta

Décadas e séculos se passaram até que seu diário, inicialmente publicado de forma anônima e distorcida na Inglaterra, fosse conectado à verdadeira identidade de Hasenbosch.

Pesquisadores como Michiel Koolbergen e Alex Ritsema foram fundamentais para revelar sua história, transformando o marinheiro esquecido em símbolo de um passado brutal e ainda muito relevante.

Em tempos em que direitos LGBTQIA+ ainda são ameaçados em diversas partes do mundo, o caso de Leendert Hasenbosch serve como alerta. A perseguição, agora revestida por discursos políticos ou leis conservadoras, continua sendo uma realidade.

A história desse marinheiro abandonado ecoa como um lembrete de que a intolerância, mesmo camuflada, ainda persiste — e deve ser enfrentada.

Jeferson da Rosa

Jeferson da Rosa

Jornalista apaixonado pela profissão.

Próximo post
Ovos

Embalagem de ovos podem se tornar um tesouro

Confira!

Estudo mostra de uma vez por todas se árvores resfriam a Terra

Estudo mostra de uma vez por todas se árvores resfriam a Terra

06/06/2025
Tribunal - Reprodução/iStock

Testemunha mente em depoimento e é condenada pela Justiça

06/06/2025
São José dos Campos - Reprodução/iStock

Profissionais qualificados estão correndo para essa cidade

06/06/2025
  • Contato

Tribuna de Minas

Fechar Modal
COMIDA PROIBIDA EM VOO
COMIDA PROIBIDA EM VOO
Comissária revela 3 alimentos
Sem resultados
Ver todos os resultados
  • Contato

Tribuna de Minas