A Comunidade Canção Nova foi criada em fevereiro de 1978 pelo padre Monsenhor Jonas Abib e, em 2008, recebeu o reconhecimento oficial da Igreja Católica como uma Associação Internacional Privada de Fiéis. Localizada em Cachoeira Paulista, no interior de São Paulo, a comunidade católica tem como missão viver a consagração a Deus, engajando-se em atividades apostólicas adaptadas ao contexto da vida moderna.
O nome “Canção Nova” remete ao cântico dos redimidos, simbolizando uma renovação espiritual para a humanidade. Já Fundação João Paulo II (FJPII), fundada por padre Jonas Abib em 1982, é uma organização filantrópica sem fins lucrativos responsável pelo apoio à Comunidade Canção Nova e suas iniciativas, incluindo a Rede de Desenvolvimento Social Canção Nova e o Sistema Canção Nova de Comunicação, que são mantidos por meio de doações.
Ação do Ministério Publico contra a Canção Nova
O Ministério Público de São Paulo (MPSP) entrou recentemente com uma ação contra a FJPII, solicitando uma intervenção no conselho deliberativo, com a alegação de um “desvio de funcionalidade”. A promotora Marcela Agostinho Gomes Ilha questiona a gestão da fundação, mas o MPSP refutou qualquer intenção de prejudicar a instituição.
Em nota, o órgão esclareceu que o objetivo da ação é garantir a autonomia e a governança da instituição, para que ela possa continuar desempenhando suas funções sociais, culturais e educacionais de forma adequada. Os parlamentares Cleitinho Azevedo e Nikolas Ferreira acusaram o MPSP de tentar promover a laicização da Canção Nova.
No entanto, o MPSP negou essa alegação, afirmando que não há a intenção de prejudicar a instituição religiosa. O órgão enfatizou que a sua ação visa assegurar que a fundação adote melhores práticas de governança e continue a operar de maneira eficiente.
Em um vídeo, o presidente da FJPII, padre Wagner Ferreira, explicou a parceria entre a fundação e a Comunidade Canção Nova. Ele destacou que a intenção do fundador sempre foi que o presidente da comunidade também assumisse a presidência da fundação. O padre afirmou que, na Justiça, será demonstrada a incorreção da interpretação do Ministério Público sobre a fundação e pediu orações para a resolução do caso.