Após 11 anos, a Conferência Nacional do Meio Ambiente retoma sua agenda com a quinta edição, abordando o tema “Emergência Climática e o Desafio da Transformação Ecológica”. O evento, que acontecerá de 6 a 9 de maio em Brasília, tem como meta principal a atualização da Política Nacional sobre Mudança do Clima (PNMC) e a construção do novo Plano Nacional sobre Mudança do Clima (Plano Clima), com diretrizes para as ações brasileiras de enfrentamento da crise climática até 2035.
A conferência será dividida em cinco eixos temáticos: mitigação, adaptação e preparação para desastres, justiça climática, transformação ecológica e governança e educação ambiental. Cada eixo vai reunir as propostas originadas nas conferências municipais e estaduais realizadas nos últimos meses.
Objetivos da conferência
O evento, focado em encontrar soluções para a crise climática, também busca inaugurar um novo ciclo de prosperidade econômica, fundamentado no uso responsável dos recursos naturais. Marina destacou que o plano final deverá ser inclusivo, garantindo que “ninguém fique para trás” e promovendo, simultaneamente, a sustentabilidade ambiental e o bem-estar social e econômico.
Durante a conferência, serão discutidas ainda questões como justiça climática, saúde pública e a participação ativa das comunidades tradicionais. Ao final, os debates permitirão ao Brasil estabelecer um novo marco regulatório para a mudança climática, alinhado com os desafios atuais e as metas globais de sustentabilidade.
Declarações da ministra do Meio Ambiente
Marina Silva, ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, destacou que, durante a conferência, 50 grupos simultâneos irão analisar as sugestões, com a meta de selecionar 100 propostas que servirão de base para as políticas públicas futuras.
Ela também enfatizou que o evento proporcionará uma reflexão sobre novas abordagens em relação aos recursos naturais renováveis, como vento, água, sol e biomassa das florestas. Para a ministra, é essencial mudar a lógica de exploração da natureza para obter lucro, e, ao invés disso, direcionar os recursos financeiros para a preservação e restauração ambiental, buscando um equilíbrio sustentável.