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Combustível adulterado é vendido por famoso posto de gasolina

Por Leticia Florenço
02/06/2025
Em Colunas, Mais Tendências
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Combustível - Reprodução/Unsplash

Combustível - Reprodução/Unsplash

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A venda de combustível adulterado é uma prática criminosa que compromete não apenas o funcionamento de veículos, mas também a segurança pública, a confiança dos consumidores e o meio ambiente.

No último sábado, uma operação conjunta entre a Secretaria de Estado do Ambiente e Sustentabilidade (SEAS) e a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) resultou na interdição de um dos postos de gasolina mais conhecidos da Zona Norte do Rio, localizado em Brás de Pina, por irregularidades graves.

O que motivou a interdição

Durante a fiscalização, os técnicos detectaram uma adulteração significativa no combustível vendido ao público. A gasolina, que deveria conter no máximo 27% de etanol anidro conforme a legislação vigente, apresentou impressionantes 83% da substância, o que caracteriza não apenas fraude, mas um atentado direto à integridade dos veículos dos consumidores.

Além disso, o posto não dispunha dos equipamentos básicos exigidos por lei para a análise de qualidade dos combustíveis, como proveta e termômetro, impedindo qualquer verificação por parte dos próprios consumidores.

Responsáveis foram levados à delegacia

Após a constatação das irregularidades, a polícia foi acionada e o gerente do posto, junto com dois frentistas, foi encaminhado à delegacia para prestar esclarecimentos.

O local foi lacrado pelas autoridades e as bombas de combustível foram devidamente interditadas. O material irregular será descartado de forma ambientalmente adequada pela ANP.

Impacto nos consumidores e nos veículos

O uso de gasolina com alto teor de etanol anidro pode causar sérios danos aos motores de veículos que não são projetados para esse tipo de mistura. Além dos prejuízos mecânicos, os motoristas também enfrentam aumento no consumo de combustível, ou seja, gastam mais para rodar menos.

Essa prática é uma violação direta do direito do consumidor, que paga por um produto e recebe outro de qualidade inferior. A indignação nas redes sociais e nas comunidades próximas ao posto interditado evidencia a frustração da população com práticas abusivas como essa.

O papel das autoridades e o combate à impunidade

O caso de Brás de Pina é um exemplo claro da importância da atuação firme de órgãos como a ANP e a SEAS. Segundo Bernardo Rossi, secretário estadual do Ambiente e Sustentabilidade, ações conjuntas entre órgãos reguladores e ambientais são fundamentais para coibir abusos e garantir a segurança da população.

A Polícia Civil seguirá com a investigação para apurar as responsabilidades, incluindo se houve envolvimento da rede franqueadora ou se o ato foi praticado apenas pela administração local do posto.

Um alerta para outros postos e consumidores

Este episódio serve de alerta para outros estabelecimentos do setor, que podem estar cometendo o mesmo crime na tentativa de obter lucro fácil. A ANP já anunciou que intensificará as fiscalizações na região e em outras áreas do estado.

Para os consumidores, é essencial saber que têm o direito de exigir a análise do combustível antes de abastecer. Se o posto se recusar a apresentar os instrumentos obrigatórios ou se houver suspeita de adulteração, o cliente deve denunciar imediatamente aos órgãos competentes.

Consequências ambientais e sociais

Além dos danos econômicos e mecânicos, a venda de combustível adulterado também traz impactos ambientais severos. Em casos onde há vazamento ou descarte inadequado, o produto pode contaminar o solo e os lençóis freáticos, afetando a fauna, a flora e, eventualmente, a saúde humana.

Socialmente, a prática compromete a confiança nas instituições e no mercado de combustíveis, um setor que já sofre com má fama por conta de irregularidades recorrentes.

Caminhos para uma fiscalização mais eficiente

Para que casos como este não se repitam, é necessário:

  • Aumentar o número de fiscalizações surpresa;
  • Investir em tecnologia de detecção instantânea de fraudes;
  • Estabelecer penas mais severas para os responsáveis;
  • Criar um sistema público de “posto confiável”, com certificação visível;
  • Estimular a denúncia anônima por parte dos consumidores.

Para mudar esse cenário, é urgente que o Estado reforce suas ações, que a sociedade fiscalize e que os criminosos sejam exemplarmente punidos.

Leticia Florenço

Leticia Florenço

Filha da Terra da Luz, jornalista pela Universidade de Fortaleza (Unifor).

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