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CNH será apreendida de quem estiver inadimplente

Por Leticia Florenço
28/04/2025
Em Colunas, Mais Tendências
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Carteira Nacional de Habilitação - Foto: (Imagem/Reprodução)

Carteira Nacional de Habilitação - Foto: (Imagem/Reprodução)

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Recentemente, o Supremo Tribunal Federal (STF) tomou uma decisão polêmica e de grande impacto social ao validar, por 10 votos a 1, a apreensão de passaportes e da Carteira Nacional de Habilitação (CNH) como uma medida coercitiva para inadimplentes.

Essa decisão, que ainda deve gerar muitos debates, estabelece um novo caminho no combate à inadimplência no Brasil, mas também levanta diversas questões sobre direitos individuais e a eficácia dessas medidas no incentivo ao pagamento de dívidas.

Decisão do STF

A decisão do STF surgiu em um momento em que a inadimplência é um problema crescente no Brasil. Atualmente, cerca de 70 milhões de brasileiros estão com dívidas registradas nos órgãos de crédito, uma cifra alarmante que reflete a complexidade da economia nacional e a dificuldade de muitas famílias em manter o equilíbrio financeiro.

A Suprema Corte validou, então, a possibilidade de apreensão do passaporte e da CNH de pessoas inadimplentes, com o argumento de que essa medida tem um caráter coercitivo, ou seja, forçaria o devedor a regularizar sua situação financeira mais rapidamente. O relator do caso, ministro Alexandre de Moraes, destacou que a decisão não afetará de maneira ampla, mas será aplicada de forma individualizada, caso a caso.

A CNH e o passaporte como instrumentos coercitivos

A principal inovação da decisão do STF é o uso da CNH e do passaporte como ferramentas de coerção para pressionar o inadimplente a negociar sua dívida. Em situações onde um indivíduo tem dificuldades para pagar suas dívidas, a possibilidade de ter a CNH apreendida pode ser um incentivo poderoso para resolver o problema, especialmente para motoristas profissionais, como taxistas e motoristas de aplicativo.

Por outro lado, a apreensão do passaporte tem o efeito de restringir a mobilidade do indivíduo, o que pode ser uma forte motivação para o devedor regularizar sua situação, evitando a perda de direitos fundamentais, como a possibilidade de viajar para o exterior.

Casos específicos

É importante destacar que a medida do STF não se aplicará de forma ampla a todos os inadimplentes. A Corte determinou que a apreensão da CNH ou do passaporte deverá ser feita de forma individualizada, ou seja, apenas em casos específicos.

Além disso, a decisão não afetará dívidas de pequeno valor, aquelas consideradas irrisórias, o que pode ser uma tentativa de equilibrar a aplicação da medida e evitar que ela seja excessivamente punitiva.

Nesse sentido, o credor terá que solicitar a apreensão desses documentos, e o juiz responsável pela execução da dívida é quem determinará se a medida é apropriada para o caso concreto.

Direitos fundamentais em jogo

Um dos pontos mais sensíveis da decisão do STF é em relação à possível violação de direitos fundamentais. A CNH e o passaporte são documentos essenciais para a vida cotidiana de muitas pessoas.

A apreensão desses documentos pode afetar diretamente o direito de ir e vir, garantido pela Constituição Federal, e até mesmo a capacidade de exercer a profissão, principalmente no caso de motoristas profissionais.

O ministro Alexandre de Moraes, no entanto, fez questão de esclarecer que a decisão não prejudicará direitos básicos, como o direito de ir e vir, e que motoristas profissionais, como taxistas e motoristas de transporte de passageiros, terão proteção especial.

Isso significa que a medida não será aplicada a esses profissionais de maneira a prejudicar sua atividade laboral, um ponto que gerou grande discussão durante o julgamento.

Relevância da medida para o combate à inadimplência

O Brasil enfrenta uma grave crise econômica, com altos índices de desemprego e dificuldades financeiras para muitas famílias. Nesse contexto, a medida de apreensão de passaportes e CNH pode ser vista como uma tentativa de incentivar a negociação das dívidas e a recuperação dos créditos.

Ao fazer com que os devedores se sintam pressionados pela perda de direitos importantes, a medida busca acelerar o processo de regularização das pendências financeiras.

Porém, surge a dúvida sobre a real eficácia dessa medida. Será que a simples ameaça de apreensão de documentos realmente motivará as pessoas a quitarem suas dívidas? E mais, até que ponto essa estratégia pode ser justa e eficiente, considerando que muitas das pessoas inadimplentes estão em uma situação de extrema vulnerabilidade financeira?

Implicações para a população vulnerável

Outra questão relevante é como a medida afetará os cidadãos mais vulneráveis, que já enfrentam dificuldades econômicas e podem ver sua situação piorar com a apreensão de documentos essenciais. É possível que, para algumas pessoas, a medida se torne um novo obstáculo, dificultando ainda mais a superação da crise financeira em que se encontram.

A decisão do STF precisa ser acompanhada de perto para avaliar suas consequências no cotidiano da população, especialmente nas classes mais baixas, onde o impacto de ter a CNH apreendida pode ser ainda mais profundo, comprometendo não apenas a mobilidade, mas também a geração de renda de trabalhadores autônomos.

Debate sobre a efetividade e a justiça da medida

Embora a medida tenha sido aprovada pelo STF, ela gerou um intenso debate sobre a eficácia e a justiça da medida. Por um lado, pode ser vista como uma forma legítima de pressionar os inadimplentes a regularizarem suas dívidas e recuperarem sua saúde financeira.

Por outro, pode ser considerada uma medida excessiva, que penaliza indivíduos em situações já difíceis, sem resolver as causas estruturais da inadimplência no Brasil.

Leticia Florenço

Leticia Florenço

Filha da Terra da Luz, jornalista pela Universidade de Fortaleza (Unifor).

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