Cientistas alertam que o Sol pode estar prestes a desencadear uma superexplosão de dimensões impressionantes, liberando uma energia equivalente a 10 bilhões de bombas atômicas. Uma pesquisa recente revela que essas erupções solares, muito mais intensas do que as explosões habituais, podem acontecer com uma frequência muito maior do que se imaginava.
Pesquisas anteriores indicavam que superexplosões seriam eventos raros, acontecendo a cada milênios. Contudo, uma nova análise de mais de 56 mil estrelas semelhantes à nossa revelou que essas erupções colossais podem ocorrer em intervalos muito mais curtos, de aproximadamente um século. Os resultados dessa pesquisa foram divulgados na revista Science em 12 de dezembro de 2024.
Explosões solares
Apesar das explosões de menor intensidade serem comuns, os cientistas agora entendem que superexplosões, eventos solares de grande escala, podem ocorrer a cada 100 anos, representando um risco de desastre para a Terra. Valeriy Vasilyev, do Instituto Max Planck, adverte que uma superexplosão poderia causar o colapso de redes elétricas, danificar satélites e afetar os sistemas de comunicação e navegação.
As superexplosões ocorrem quando os campos magnéticos do Sol se reconfiguram, liberando grandes quantidades de radiação e nuvens de plasma. Quando essas ejeções chegam à Terra, podem provocar falhas em sinais de rádio, danificar dispositivos eletrônicos e gerar auroras luminosas.
Pesquisas indicam que o Sol pode ter gerado uma superexplosão em seu lado oposto, o que sugere que um novo evento possa ocorrer nos próximos 40 anos ou que a estrela esteja “atrasada”, elevando a probabilidade de um megaevento a qualquer instante.
Comparativos e análises
Os cientistas utilizaram o telescópio Kepler da NASA para investigar a frequência das superexplosões, analisando 56.450 estrelas semelhantes ao Sol e detectando 2.889 desses eventos. Os resultados indicam que essas explosões acontecem, em média, a cada 100 anos, uma frequência mais alta do que se imaginava.
Embora o nosso astro e as estrelas analisadas apresentem diferenças, as semelhanças sugerem que o risco de uma superexplosão não deve ser descartado. Para acompanhar essa ameaça, a Agência Espacial Europeia (ESA) planeja o lançamento da sonda Vigília em 2031, com o objetivo de monitorar a atividade solar.