Uma esfera de simetria quase perfeita foi detectada no coração da Via Láctea, desafiando tudo o que a ciência sabia até agora sobre os formatos e os comportamentos dos corpos celestes.
A estrutura cósmica, batizada de Teleios, surgiu como um mistério incompreensível para os astrônomos, que a classificam como um dos achados mais enigmáticos dos últimos anos.
Cientistas estão chocados com descoberta de esfera nunca vista
Localizado a uma distância ainda incerta da Terra — podendo estar entre 7 mil e 25 mil anos-luz — a esfera Teleios não é visível com telescópios ópticos.
Sua presença foi revelada por ondas de rádio captadas pelo ASKAP, um dos radiotelescópios mais avançados do planeta, operado a partir da Austrália.
A escolha do nome, derivado do grego e associado à ideia de completude e perfeição, reflete a aparência da esfera: uma formação de geometria precisa, completamente simétrica e com diâmetro que pode chegar a 157 anos-luz.
Ao olhar para a esfera, os cientistas ainda tentam definir exatamente o que estão observando. As principais teorias apontam para os restos de uma explosão estelar — possivelmente de uma supernova do tipo Ia ou de sua variação mais branda, a Iax.
Mas o comportamento do objeto não se encaixa perfeitamente nesses modelos. A ausência de emissão de raios X, por exemplo, contradiz o que seria esperado de um remanescente desse tipo.
Essa lacuna levou alguns especialistas a cogitar que Teleios pode ter se originado de um evento astrofísico nunca antes observado.
Mas o que a descoberta da esfera representa de fato?
Mais do que um enigma teórico, a descoberta da esfera tem implicações práticas.
Se confirmada como o resultado de uma supernova Iax, Teleios pode representar um novo estágio na compreensão da morte estelar, além de lançar luz sobre objetos semelhantes que vêm sendo detectados nos últimos anos, conhecidos como ORCs — círculos de rádio de origem desconhecida.
A descoberta reforça a necessidade de repensar modelos de evolução estelar e as formas pelas quais o universo armazena e libera energia.
Com um artigo submetido à comunidade científica para revisão, os pesquisadores agora se concentram em coletar mais dados que possam ajudar a explicar o fenômeno.
Enquanto isso, Teleios permanece como um lembrete de que, mesmo em nossa galáxia, o desconhecido ainda reina em muitas regiões do cosmos.