Na região da África Oriental, um processo geológico está ocorrendo, no qual as placas tectônicas africana e arábica estão se separando aos poucos. Esse movimento pode, a longo prazo, dar origem a um novo oceano, provocando mudanças graduais na configuração geográfica do continente.
O afastamento das placas tectônicas é causado pela convecção no manto terrestre, que provoca a separação delas. Na África Oriental, esse processo resulta em uma falha visível, que, com o passar do tempo, pode se transformar em um novo corpo de água.
Novo oceano na África
A separação tectônica terá repercussões além da geologia. Embora seja um processo lento, seus efeitos sobre a geografia podem ser significativos. Com o tempo, novas costas podem surgir ao redor do futuro oceano, transformando países sem acesso ao mar em nações costeiras. Isso abriria portas para a construção de novos portos, estimulando o comércio e fomentando o crescimento econômico.
A formação de um novo mar também pode gerar mudanças climáticas. A redistribuição das massas de terra e a modificação nas correntes oceânicas têm o potencial de modificar os padrões de chuva e temperatura, afetando tanto os ecossistemas quanto as populações humanas que dependem desses recursos naturais.
Descobertas marítimas
Esse fenômeno vai além da África Oriental. Estudo como esse ajudam a aprofundar o conhecimento sobre o ciclo da água e a origem dos oceanos. Em 2021, a National Geographic revelou que a Terra passaria a ser considerada com cinco mares, após a formalização do oceano que envolve a Antártida, uma alteração que também pode ser influenciada por processos tectônicos semelhantes.
Recentemente, uma pesquisa descobriu a presença de um “oceano subterrâneo” a 700 quilômetros abaixo da superfície, no manto terrestre. A água contida em minerais conhecidos como ringwooditas proporciona uma nova visão sobre a origem e estabilidade dos oceanos, indicando que uma parte da água que encontramos na superfície pode ter se originado nas profundezas da Terra.