Pesquisadores das universidades da Pensilvânia e da Califórnia conduziram uma investigação detalhada para entender de que forma o tempo livre impacta a felicidade das pessoas. Para isso, analisaram dados da American Time Use Survey, que acompanhou minuciosamente as atividades diárias de mais de 27 mil norte-americanos entre 2012 e 2013.
O estudo teve como foco principal determinar a quantidade ideal de tempo livre capaz de gerar efeitos positivos na saúde mental e no bem-estar psicológico. Os achados revelaram que o período ideal situa-se entre duas e três horas diárias.
Esse intervalo é suficiente para que os indivíduos possam se afastar das responsabilidades do trabalho e das rotinas diárias, proporcionando maior satisfação pessoal e equilíbrio emocional. Conforme apontam os pesquisadores, reservar esse tempo para atividades que tragam prazer contribui para a renovação das energias, sem que haja a sensação de culpa por não estar em constante produtividade.
Excesso de tempo livre
Por outro lado, a pesquisa revela que um excesso de tempo livre pode trazer resultados contrários aos esperados. Após ultrapassar cerca de três horas diárias, o nível de felicidade tende a se manter constante, sugerindo que aumentar ainda mais o tempo livre não proporciona melhorias relevantes no bem-estar.
Além disso, pessoas que têm mais de cinco horas livres por dia frequentemente relatam insatisfação, associada à sensação de não aproveitar esse tempo de maneira produtiva ou significativa, mesmo ao realizar atividades rotineiras como limpar a casa ou fazer compras.
Medida certa para a felicidade
Assim, o estudo conclui que o equilíbrio é essencial para elevar os níveis de felicidade e satisfação pessoal. Destinar entre duas e três horas diárias para atividades de lazer e cuidados consigo mesmo é crucial para manter a saúde mental em boas condições.
Por outro lado, ultrapassar esse tempo pode não oferecer vantagens extras e, em alguns casos, pode até comprometer o bem-estar, gerando sensações de inutilidade ou falta de motivação. Esses resultados destacam a importância de administrar o tempo de forma consciente, valorizando pausas necessárias, mas sem excessos.