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Cidade que fica mais de 5 mil metros acima do mar é a mais alta do mundo

Por Leticia Florenço
25/03/2025
Em Colunas, Mais Tendências
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La Rinconada - Reprodução

La Rinconada - Reprodução

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La Rinconada, uma pequena cidade localizada no Peru, é reconhecida como o assentamento humano permanente mais alto do mundo, situado a impressionantes 5.100 metros acima do nível do mar. Sua localização geográfica extrema coloca-a em uma posição única, desafiando as capacidades humanas de adaptação e sobrevivência.

Viver em La Rinconada é um verdadeiro teste para os limites da resistência humana. A altitude extrema, quase 5.300 metros acima do nível do mar, reduz significativamente a quantidade de oxigênio disponível para os habitantes.

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A pressão atmosférica baixa provoca o fenômeno conhecido como ‘mal da montanha crônico’, que se caracteriza por dores de cabeça intensas, náuseas, cansaço extremo e dificuldades respiratórias. A adaptação à falta de oxigênio pode levar semanas, mas muitos dos moradores nunca se acostumam completamente com a escassez de ar.

Além disso, o clima de tundra, com temperaturas médias em torno de 1°C e raramente ultrapassando os 10°C durante o verão, faz com que a vegetação seja praticamente inexistente.

A paisagem árida e desolada é marcada por grandes montanhas nevadas, que embora proporcionem uma vista deslumbrante, não são suficientes para amenizar as dificuldades do cotidiano.

Busca por ouro

A principal razão pela qual milhares de pessoas vivem em La Rinconada é a mineração de ouro, uma atividade que domina a economia local.

A cidade surgiu como um acampamento temporário de garimpeiros, mas com o passar dos anos, transformou-se em um assentamento permanente, atraindo tanto nativos quanto migrantes em busca de uma chance de enriquecer. No entanto, a mineração é realizada de forma informal e precária, com métodos de extração rudimentares que colocam em risco a vida dos trabalhadores.

Os mineiros, geralmente, trabalham 30 dias seguidos sem receber pagamento, e no 31º dia, podem ficar com o ouro extraído durante esse período. Esse sistema, conhecido como “cachorreo”, significa que a renda dos trabalhadores depende inteiramente da sorte.

Mesmo com os riscos envolvidos, o ouro continua a ser um ímã que atrai pessoas de várias partes do Peru e de países vizinhos.

Condições de vida duras

As condições de vida em La Rinconada são extremamente difíceis. A cidade carece de infraestrutura básica, como água potável, sistema de esgoto e coleta de lixo. A eletricidade, que só foi introduzida na década de 2000, ainda é precária e intermitente.

Não há serviços de saúde adequados, e os moradores precisam se arranjar como podem para sobreviver, muitas vezes contando com remédios caseiros e tratamentos improvisados.

A falta de saneamento básico contribui para a propagação de doenças, e a poluição, especialmente a gerada pelas atividades de mineração, agrava ainda mais a situação. A segurança também é uma grande preocupação, com relatos de violência, especialmente em áreas mais afastadas da cidade, onde a lei e a ordem são praticamente inexistentes.

Crescimento populacional impulsionado pelo ouro

Apesar de todas as adversidades, La Rinconada continua a atrair novos moradores. A população da cidade cresceu exponencialmente nas últimas décadas, especialmente durante o aumento global dos preços do ouro na primeira década do século XXI.

Nos anos 1990, a população era de cerca de 900 pessoas, mas hoje estima-se que entre 30.000 e 50.000 pessoas vivam na cidade. Este crescimento reflete a atração que a promessa de riqueza exerce sobre os habitantes, mesmo diante das condições de vida precárias.

A presença de mulheres na cidade também é notável. Embora sejam proibidas de trabalhar nas minas, elas desempenham um papel importante na economia local, realizando atividades como o “pallequeo”, uma prática que envolve a busca por pedaços de ouro que sobram nas áreas ao redor das minas.

Futuro de La Rinconada

O futuro de La Rinconada é incerto. Embora a cidade continue a atrair pessoas em busca de oportunidades, as condições de vida dificilmente melhorarão sem investimentos em infraestrutura e serviços básicos.

A mineração de ouro, que é a principal fonte de sustento, também é uma atividade insustentável a longo prazo, e os danos ambientais causados pelas práticas informais podem ter consequências graves para a região.

Além disso, os problemas de saúde causados pela altitude extrema e a falta de cuidados médicos podem levar a uma expectativa de vida abaixo da média, com a maioria dos habitantes sofrendo de doenças respiratórias e cardiovasculares devido à hipoxia constante.

A população de La Rinconada enfrenta um dilema: permanecer em um local cheio de promessas de riqueza, mas que exige um alto custo físico e emocional, ou buscar um futuro mais seguro, mas sem a certeza de que encontrarão as mesmas oportunidades econômicas.

A história de La Rinconada é a história de muitas outras cidades ao redor do mundo onde a busca por ouro e outros recursos naturais determina a vida de milhares de pessoas, muitas vezes em detrimento de sua saúde e bem-estar.

Leticia Florenço

Leticia Florenço

Filha da Terra da Luz, jornalista pela Universidade de Fortaleza (Unifor).

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